Alexandre Garcia, do R7
O VAR, sigla em inglês para árbitro assistente de vídeo, parece ter chegado para ficar na Copa do Mundo da Rússia. A ferramenta, adotada neste ano para dar mais justiça aos lances, foi decisiva para a classificação do Japão e a definição do adversário do Brasil nas oitavas de final da competição.
Durante toda a primeira fase, o árbitro de vídeo foi utilizado 20 vezes, sendo 14 delas para a análise de pênaltis. Desses, nove foram aplicados e cinco invalidados.
Sem o uso do VAR, o Brasil encararia a Suécia (e não o México) na próxima fase do Mundial. Isso aconteceria porque a classificada na primeira colocação do Grupo F foi beneficiada pela marcação de um pênalti na vitória por 1 x 0 contra a Coreia do Sul.
No confronto, o juiz mandou o lance seguir e só assinalou a penalidade após a intervenção do vídeo. A cobrança foi convertida e permitiu que a Suécia saísse do jogo sem os três pontos que a garantiram na liderança da chave.
Caso o VAR ainda não existisse, México teria fechado a primeira fase com seis pontos e a Suécia só chegaria às oitavas por ter marcado um gol a mais do que a Coreia do Sul.
Japão eliminado
Classificado pela diferença no número de cartões amarelos, o Japão não teria a mesma sorte se o VAR não estivesse em ação. Os samurais só puderam comemorar a ida às oitavas de final devido ao árbitro que cancelou um pênalti marcado para Senegal durante a derrota para da equipe africana para a Colômbia por 1 x 0.
Se a partida terminasse empatada em 1 x 1, Senegal somaria um ponto e terminaria a fase como líder do Grupo H. O Japão, por sua vez, manteria os mesmos quatro pontos, mas amargaria dois gols a menos de saldo do que a Colômbia.
Apesar de não ser comprovado de que Senegal estufaria as redes com a cobrança do pênalti, foi levado em conta que a seleção africana iria converter a penalidade, assim como ocorreu em 79% das 23 cobranças realizadas na primeira fase do torneio.
Mudança das chaves
Apesar do Japão ter sido o único classificado com o auxílio do VAR, os Grupos B e C teriam suas lideranças alteradas sem o uso da tecnologia. As decisões do vídeo foram determinantes para as lideranças de Espanha e França, respectivamente.
Sem o uso do árbitro de vídeo, Portugal garantiria a primeira posição do Grupo B e a Dinamarca assumiria a colocação da poderosa França no Grupo C.
Portugal, que se classificou para as oitavas com a segunda melhor pontuação do Grupo B, seria líder se o juiz não tivesse confirmado com a ajuda do vídeo um pênalti para o Irã no empate em 1 x 1 com a seleção do craque Cristiano Ronaldo. A vitória deixaria Portugal com sete pontos, conta cinco da Espanha.
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Já no Grupo C, a mudança seria ocasionada pelo uso do vídeo nos confrontos França 2 x 1 Austrália e Dinamarca 1 x 1 Austrália. No primeiro jogo, em questão, os franceses garantiram os três pontos após vencer com o primeiro pênalti marcado em uma Copa do Mundo com a ajuda do vídeo.
No outro confronto, a Dinamarca colocaria dois pontos a mais na classificação se o árbitro não tivesse assinalado um pênalti convertido para a Austrália somente após revisar o lance.
Sem as marcações, a Dinamarca encerraria a primeira etapa do torneio na liderança do Grupo C, com sete pontos, e a França avançaria às oitavas de final na segunda colocação, com cinco pontos.