Na lotada Vila Belmiro, o Santos colocará o seu novo status em jogo neste domingo, a partir das 11 horas, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time vai receber o Goiás com o desafio de sustentar a liderança e demonstrar que pode ser um candidato ao título nacional, rivalizando com clubes que realizaram investimentos maiores, como Palmeiras e Flamengo.
Embalado por uma sequência de seis vitórias, o Santos assumiu a liderança do Brasileirão na rodada anterior, também favorecido pela série de tropeços dos rivais. E vem aproveitando as semanas livres, pois está eliminado das outras competições, para Jorge Sampaoli preparar novas variações táticas.
Além disso, o técnico venceu uma queda de braço com o presidente José Carlos Peres para que o time concentre a realização dos seus jogos como mandante na Vila Belmiro, apoiado na sua força quando atua no estádio. E essa aposta tem dado tão certo que o time colocará em jogo, neste domingo, uma invencibilidade de mais de um ano sem perder no seu estádio.
A última derrota do Santos na Vila Belmiro em 1º de agosto de 2018, para o Cruzeiro, em compromisso da Copa o Brasil. Depois disso, o time entrou em campo 15 vezes no estádio, com 12 vitórias e três empates, números que poderiam ser ainda maiores, não fossem as reformas que impediram a sua utilização durante quase três meses no começo da temporada.
Com Sampaoli, o desempenho do Santos no estádio é praticamente perfeito, com sete triunfos e um empate em oito confrontos. E, para aumentar o cenário de otimismo, os ingressos para a torcida estão esgotados desde a última terça-feira, o que deixará a Vila Belmiro lotada, como já havia ocorrido no duelo com o Avaí.
Desta vez, porém, o torcedor não poderá ver na área técnica da Vila Belmiro o principal ídolo da atualidade no clube: Sampaoli. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, ele não poderá comandar o time do banco de reservas, tendo a sua vaga ocupada pelo auxiliar Jorge Desio. “Confio em quem trabalha comigo. O que importa são os jogadores. Estarão todos preparados para que eu seja insignificante. Os jogadores estarão à altura”, minimizou o treinador.
Se o substituto de Sampaoli está certo, a escalação é, de novo, uma incógnita, ainda mais que o treinador terá todo o elenco à disposição. O zagueiro Lucas Veríssimo está livre de gancho, cumprido contra o Avaí, e o meia Cueva treinou durante toda a semana, ficando em boas condições físicas para voltar a ser aproveitado.
Com isso, é provável que o Santos atue com três zagueiros, embora Felipe Aguilar esteja pendurado com dois cartões amarelos às vésperas de um clássico com o São Paulo. A partir disso, a dúvida se torna a presença de Victor Ferraz, seja como lateral ou mais adiantado, ou a entrada de Jean Mota, prestes a completar 150 jogos pelo clube. Já Eduardo Sasha deverá seguir no comando do setor ofensivo, com a manutenção de Derlis Gonzalez em uma das pontas e a outra sendo ocupada pelo venezuelano Soteldo.
“Temos de pensar que cada partida tem um sistema distinto. Temos que surpreender e ter alternativas. Temos que modificar sempre a maneira de atacar. Se eu repetisse a maneira de atacar toda partida, seríamos neutralizados”, disse Sampaoli, indicando que poderá voltar a surpreender na escalação para manter o time na liderança do Brasileirão.