Jogadora mais experiente no elenco da seleção brasileira feminina de vôlei, Thaísa Daher terminou sua jornada com a camisa nacional conquistando uma medalha de bronze.
Nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, a central marcou seu último ponto na seleção definindo a vitória por 3 a 1 sobre a Turquia neste sábado (10), parciais de 25/21, 27/25, 22/25 e 25/15. Chorando de emoção, celebrou o adeus com pódio.
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CICLO CHEGA AO FIM
Thaísa, 37 anos e 1,96m, deixa a seleção brasileira com três medalhas olímpicas: ouro em Pequim-2008, ouro em Londres-2012 e bronze em Paris-2024. Assim, ela se iguala à levantadora Fofão — 1 ouro e 2 bronzes — como jogadora da seleção feminina com mais medalhas
Ao fim da partida, a central não segurou suas lágrimas ao falar sobre sua última competição com a equipe comandada por José Roberto Guimarães. Thaísa destacou a união do elenco que passou pelo ciclo e chegou até Paris.
“Acabou, encerrou meu ciclo, foi uma vida, só quem está aqui sabe o que a gente passa, o que tem de superar, mas é muito amor pelo que faz”, iniciou Thaísa, em entrevista à TV Globo: “Acabou, agradecer por tudo o que elas fizeram por mim, queria o ouro para elas, mas esse bronze vale ouro. Nunca vi um grupo tão dedicado. Nossa geração também queria, mas vi uma gana grande desse grupo, novo”.
PASSAGEM DE BASTÃO
Aos 37 anos, a jogadora afirmou que agora vai seguir acompanhando a seleção brasileira como torcedora e demonstrou confiança no time que fica e na nova geração de atletas que vem sendo formada no vôlei brasileiro.
“Certeza que elas vão fazer muito, pelo que estão construindo. Dói (a despedida). Obrigada. Só tenho a agradecer esse grupo que me acolheu com muito carinho e muito amor, fizeram eu me sentir parte e foi maravilhoso. Agora só quero assisti-las porque tenho certeza que virão muito mais medalhas”, completou.
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EMOÇÃO COMPARTILHADA PELAS COLEGAS
A emoção de Thaísa foi compartilhada pela equipe inteira. A alegria pelo bronze estava estampada no rosto das jogadoras. Desde as mais jovens, casos de Júlia Bergmann e Ana Cristina, até atletas mais maduras, como Gabi e Rosamaria.
“Olha (esse bronze), significa muito. Uma medalha olímpica é um privilégio, a coroação do trabalho por tudo o que a gente fez. Esse bronze foi muito buscado, com todo respeito a elas (Turquia), mas a gente merecia e levar para casa é muita honra”, afirmou Rosamaria, com muita satisfação.
“Estamos aqui representando o País, com nome dele nas costas, é muita honra. Manter o Brasil entre os melhores, manter a tradição do voleibol feminino… A gente sabe quanto o brasileiro é apaixonado pelo esporte e queria levar para esses milhões de torcedores”, prosseguiu a ponteira.
“A gente sabe o que representa, então é dar esse presente aos brasileiros. O vôlei brasileiro está sempre entre os melhores, hoje muito equilibrado, mas o Brasil sempre segurando e vai chegar nossa vez de levar o ouro.”
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