Durou pouco a expectativa da torcida da Desportiva Ferroviária por uma possível volta do time ao Capixabão, mesmo após a eliminação na semifinal diante do Rio Branco. Um dia após protocolar no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-ES) o pedido de impugnação da partida de volta da semifinal, o clube teve seu pedido negado.
O presidente do TJD-ES, Felipe Morais Matta, indeferiu o pedido da Desportiva na tarde desta quarta-feira (26). Com isso, o resultado do jogo em questão segue mantido: vitória do Rio Branco por 1 a 0, placar que colocou o Capa-Preta na final do Capixabão e eliminou a Locomotiva Grená.
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O que acontece agora com com a Desportiva
A Desportiva protocolou na terça-feira (25) o pedido de impugnação junto ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-ES), dentro do prazo de dois dias após a liberação da súmula do jogo, como prevê o artigo 85 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
O artigo 259 do CBJD prevê que uma partida pode ser anulada “se ocorrer, comprovadamente, erro de direito relevante o suficiente para alterar seu resultado”. O pedido foi recebido e negado pelo presidente do TJD-ES nesta quarta-feira.
Agora, o clube pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Na nota oficial divulgada nesta quarta-feira, a Desportiva prometeu seguir “até as últimas instâncias”.
“A Desportiva Ferroviária não medirá esforços para garantir que o resultado da partida seja analisado com seriedade. Seguiremos até as últimas instâncias para defender nosso clube, nossos atletas e a verdade do jogo”, escreveu o clube, na nota oficial.
Qual é a reclamação da Desportiva
O pedido de impugnação veio por conta das reclamações da Desportiva quanto à atuação do árbitro Davi de Oliveira Lacerda na partida de volta da semifinal.
Na segunda-feira (24), o clube grená postou uma nota oficial de protesto com a arbitragem. A Desportiva reclama da “não marcação de dois pênaltis indiscutíveis” e questiona o fato de o árbitro não revisar os lances na tela do VAR à beira do campo.
Os dois lances aconteceram já nos acréscimos do segundo tempo, com o placar em 1 a 0 para o Rio Branco. No primeiro deles, aos 52 minutos, o atacante grená Vinicius Baiano caiu na área do Capa-Preta após dividida com Théo Kruger. O árbitro Davi Lacerda aguardou a comunicação da equipe do VAR, mas não revisou o lance na tela do VAR e não marcou o pênalti.
A Desportiva voltou a pedir pênalti aos 55, em lance no qual a bola pegou no braço do volante Romarinho dentro da área do Rio Branco. De novo, o árbitro mandou o jogo seguir. Na reclamação, Vinicius Baiano foi expulso.