Um torcedor de futebol que proferiu insultos de cunho racista contra o zagueiro Carlos Akapo, ex-jogador do Cádiz, durante uma partida da La Liga em Granada, há três anos, foi condenado a um ano de prisão por um tribunal espanhol.
O torcedor, que também recebeu uma proibição de 14 meses de entrada no estádio, foi flagrado pela câmera fazendo gestos de macaco em direção a Akapo, que é negro, durante o empate de 0 a 0 do Cádiz em Granada em fevereiro de 2022.
Decisão comemorada pelo jogador e pela La Liga
Akapo, que agora joga no futebol brasileiro e defende o time do Amazonas, aplaudiu a notícia nas redes sociais.
A La Liga — que relatou o abuso às autoridades espanholas na época — também comemorou o tão esperado veredicto.
“A La Liga foi notificada da sentença contra o torcedor que dirigiu insultos racistas ao jogador Carlos Akapo durante a partida Granada x Cádiz em 28 de fevereiro de 2022. Isso encerra um dos casos mais antigos de incidentes racistas contra os quais a La Liga está lutando para erradicar o ódio no futebol”, diz a entidade, por meio de um comunicado em sua conta no X (antigo twitter).
Torcedor não deve ser preso
O torcedor, provavelmente, cumprirá uma pena alternativa. Isso porque, na Espanha, réus sem condenações anteriores raramente passam tempo na prisão por sentenças que tenham um período inferior a dois anos por um crime não fisicamente violento.
Quem é Akapo
Akapo nasceu na Espanha, mas representa a Guiné Equatorial — o país de seu pai — em nível internacional.
Ele deixou o Cádiz para jogar pelo San Jose Earthquakes, da Major League Soccer, em agosto de 2022, nos Estados Unidos. O jogador de 31 anos se juntou ao Amazonas no início deste mês.
“O Cádiz acolhe esta notícia e continuará a garantir a segurança e a integridade de seus membros dentro e fora do campo, defendendo os valores de integridade e igualdade que devem prevalecer na sociedade de hoje”, disse o clube espanhol em um comunicado.