Gonzalo Higuaín teve em seus pés a chance de mudar o destino da seleção argentina nas últimas três finais perdidas.
Exímio goleador na Juventus (ITA), o atacante desperdiçou oportunidades incríveis contra a Alemanha, na Copa do Mundo de 2014, e contra o Chile, nas Copas Américas de 2015 e 2016.
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Acostumado a ser vilão, ele agora é candidato a herói no jogo contra a Nigéria, às 15h desta terça-feira, que vale a vida dos hermanos na Rússia.
Mais do que driblar o histórico de falhas em momentos decisivos, o provável substituto de Sergio Aguero tenta quebrar um jejum com a camisa da Argentina. Ele não balança a rede desde o empate por 2 a 2 com o Peru, em outubro de 2016, pelas Eliminatórias. O técnico da seleção ainda era Edgardo Bauza.
Higuaín participou de dez dos 18 jogos da Argentina desde aquele dia, sendo sete como titular. Em março, perdeu uma chance na pequena área quando o amistoso contra a Espanha ainda estava empatado por 0 a 0 – terminou 6 a 1 para os europeus. Era a chance de abrir vantagem na disputa com Aguero, que se recuperava de lesão no joelho esquerdo.
Higuaín teve mais uma chance como titular na vitória por 4 a 0 sobre o Haiti, último amistoso antes da Copa, mas passou em branco e viu Aguero marcar um gol ao substituí-lo. Aguero chegou à Rússia como o centroavante com mais gols na era Sampaoli (três, contra um de Alario e nenhum de Higuaín, Icardi e Benedetto) e foi o dono da posição contra Islândia, quando marcou mais um, e Croácia. Mas ele foi o primeiro a ser substituído diante dos croatas, esbravejou contra o técnico em uma entrevista após a derrota por 3 a 0 e perdeu a posição.
Higuaín foi acionado no segundo tempo dos dois jogos da Copa do Mundo e não teve oportunidades claras para marcar, mas já soma cinco gols em Mundiais: quatro em 2010 (três contra a Coreia do Sul e um contra o México) e um em 2014 (contra a Bélgica). São 13 partidas em Copas, sendo dez como titular.
Não são números ruins. Com 31 gols pela seleção, ele tem só um a menos que Diego Maradona e ocupa a quinta posição entre os maiores artilheiros da história. Só Aguero (38), Batistuta (54) e Messi (64) têm mais que eles. Na Juventus (ITA) ele já é bicampeão nacional, sempre como principal goleador da equipe.
A Argentina precisa vencer a Nigéria e torcer para a Islândia não bater a Croácia no mesmo horário. Se os islandeses vencerem, a decisão vai para o saldo de gols.
Com informações do Portal R7.