A zagueira da seleção francesa, Wendie Renard, que jogou contra o Brasil no último domingo (23) sofreu ataques racistas por conta de seu cabelo durante a partida. A jogadora foi destaque no jogo e a França ganhou de 2×1, eliminando o Brasil da Copa do Mundo Feminina.
Durante o jogo, algumas páginas de humor na internet fizeram comentários considerados por alguns internautas e personalidades do movimento negro como racistas. Frases como “aposto que não sabe fazer chapinha”, utilizada de forma pejorativa, foram publicadas, referindo-se a jogadora.
Com a repercussão, as publicações foram excluídas das redes sociais e deram espaço para uma série de críticas. A colunista, blogueira e líder de movimentos feministas e negros, D’jamila Ribeiro, criticou duramente os comentários e sua publicação chegou a ganhar uma curtida da própria Wendie Renard.
Outras páginas e usuários das redes sociais também criticaram os posts e mostraram apoio a jogadora que teve seu desempenho muito elogiado inclusive pela imprensa esportiva internacional.
História
Após sofrer os comentários racistas, Wendie Renard fez ainda mais sucesso quando sua história de vida foi a público.
A jogadora foi autora de três dos sete gols marcados pela França neste Mundial, é campeã da Champions League feminina seis vezes com o Lyon e é a terceira jogadora mais bem remunerada do mundo, à frente de nomes como Marta.
Outro fato curioso que chamou atenção nas redes sociais é que Wendie nasceu na pequena Ilha de Martinica, localizada no Caribe. O lugar é conhecido como “fim do mundo” por questão geográficas.
Sua trajetória profissional no futebol começou aos 14 anos, quando passou no teste para o time de base do Lyon, clube que defende até hoje e é vista como um dos nomes mais importantes.