Superado pelo grego Eleftherios Petrounias na classificatória das argolas nos Jogos Olímpicos do Rio, o brasileiro Arthur Zanetti admite que escondeu “um pouquinho” o jogo neste sábado, na Arena Olímpica do Rio. Se confirmar a vaga na final, o atual campeão olímpico apresentará uma série um pouco mais complexa para brigar novamente pela medalha.
“A gente sempre está fazendo essa estratégia de diminuir um pouco a nota de partida nas classificatórias. Na final, vou fazer a nossa série oficial. Precisa corrigir ainda uns detalhes de balanço e de posição de corpo para tentar tirar melhor nota. O principal é que saí satisfeito e alegre pela minha prova”, explicou Zanetti. A mudança fará o especialista ganhar um décimo na nota de partida.
Com 15,533 nas argolas, o brasileiro ficou a princípio com a segunda posição. Já o grego registrou 15,833, garantiu a liderança na primeira subdivisão e também prometeu uma melhor apresentação na final, marcada para 15 de agosto. “A nota poderia ser melhor porque eu dei um passo na saída e outros detalhes. Espero algo melhor na final e provavelmente uma melhor nota”, projetou.
Petrounias diz ser uma honra enfrentar o dono da casa. Apesar do discurso, o atual campeão mundial se vê um passo à frente de Zanetti na disputa. O brasileiro, por outro lado, rechaça o favoritismo do adversário. “Os oito que chegarem na final são favoritos, pode acontecer de tudo na competição. Se ele se acha (o favorito), tudo bem, eu não acho”, rebateu.
Foi a primeira vez que Arthur Zanetti falou com a imprensa desde que chegou à Vila Olímpica, no dia 29 de julho. Na opinião do atleta, a “blindagem” a pedido do técnico Marcos Goto tem surtido efeito para ele e também para Diego Hypolito, companheiro de treinos. “Não ficamos em redes sociais. A gente se fechou para nada poder atrapalhar o foco em nosso esporte, em nosso treino. A gente viu que deu certo, provavelmente ele pega uma final e eu também.”
Os dois ginastas mostraram companheirismo dentro da área de competição. Emocionado com seu desempenho no solo, Hypolito saiu do tablado e abraçou o técnico Marcos Goto e o especialista nas argolas. “Ele treinou esses últimos tempos comigo e com o Marcos, a gente viu o quanto ele precisou ralar”, destacou Zanetti. Os ginastas agora aguardam a disputa das outras subdivisões para confirmarem a classificação às finais olímpicas.