Dois dos principais técnicos do vôlei nacional, José Roberto Guimarães e Bernardinho disseram estar chocados com a morte de Walewska, campeã olímpica com a seleção brasileira nos Jogos de Pequim/2008. A ex-jogadora de 43 anos morreu na noite de quinta-feira, em São Paulo, aos 43 anos.
Zé Roberto, que treinou Walewska no Campinas e também na seleção brasileira, disse ter ficado “sem chão” com a notícia.
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“A gente fica sem chão para saber e entender as coisas. Mas é difícil falar sobre isso. Abalou todo mundo”, declarou o treinador,após a derrota da seleção brasileira feminina para a Turquia no Pré-Olímpico, em Tóquio.
“É um momento muito difícil, de muita tristeza. A Walewska foi um exemplo de dedicação, comprometimento, ela tinha tudo de bom que uma atleta pode ter. Ela sempre se cuidou muito, ajudou seus times, desde muito nova. Ficamos sem chão. A Walewska deixa um legado como atleta e ser humano. Ela foi uma atleta que todo o treinador gostaria de ter no seu time”.
A seleção brasileira feminina perdeu na madrugada desta sexta-feira para a Turquia por 3 sets a 0 (25/21, 29/27 e 25/19). Foi a primeira derrota na disputa do Pré-Olímpico, em Tóquio. E o time jogou de luto, usando uma tarja em homenagem à ex-jogadora.
“É um momento muito difícil, muito complicado. Um pouco antes do jogo é que falamos sobre o assunto com as jogadoras. Colocarmos a tarja… É um momento de muita tristeza e dificuldade para todo mundo”.
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Walewska jogou sob o comando de Zé Roberto por diversos anos ao longo de sua carreira.
“Ela era excepcional. Madura, tranquila, mas com uma vontade incrível de fazer e realizar as coisas. A gente fica sem chão. A gente perde a noção de muita coisa. Eu perdi uma filha. Eu perdi uma filha. É muito duro. É um momento para nós muito difícil”, completou Zé Roberto.
Bernardinho também de manifesta
Bernardinho, que também foi técnico da seleção feminina e trabalhou com Walewska no Rexona Curitiba, disse não acreditar no episódio triste. “Uma menina que eu vi se transformar em uma mulher incrível. Uma pessoa com uma energia lá em cima, dentro de quadra uma guerreira, amiga… Sempre demonstrou um carinho enorme com todos, aquele abraço que acolhia a todos. Uma aspirante que se tornou uma campeã”, comentou.
Assim como Zé Roberto, Bernardinho exaltou a trajetória de Walewska. “Eu realmente participei da transformação daquela ‘lagartinha’ numa borboleta linda, que voou pelo mundo, conquistou tantas coisas, mas nos deixou tão jovem, tão cheia de energia. Difícil demais de acreditar.”