A economia do Espírito Santo registrou um crescimento de 2,3% em 2024, impulsionada pelo desempenho positivo em todos os setores: a indústria avançou 0,7%, os serviços cresceram 2,5%, e a agropecuária teve um expressivo aumento de 7,4%. Os dados foram divulgados pelo Indicador de Atividade Econômica do Espírito Santo, calculado pelo Observatório da Findes, com base nas informações do ano anterior.
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Agropecuária capixaba supera média nacional
Enquanto a economia estadual cresceu 2,3% no ano, a agropecuária se destacou como o setor de maior expansão, superando inclusive o desempenho nacional. No Espírito Santo, o crescimento da agropecuária foi de 7,4%, enquanto no país houve uma retração de 3,2%.
Avanços na pecuária e agricultura impulsionam o setor
O ano de 2024 foi marcado por uma forte estiagem no Espírito Santo, reduzindo o volume de chuvas e elevando as temperaturas. No entanto, o retorno das precipitações nos últimos meses ajudou a amenizar os impactos da seca.
A agropecuária capixaba cresceu 7,4%, impulsionada pelo avanço de 5,2% na pecuária e de 8,3% na agricultura. Na agricultura, o principal destaque foi a lavoura de café, beneficiada pela bienalidade positiva da produção, que resultou em maior produtividade. Além disso, houve crescimento na produção de banana, cana-de-açúcar, tomate e coco.
Já a pecuária foi favorecida pelo aumento na produção de suínos, bovinos e pelo fortalecimento das atividades ligadas à produção de aves e ovos. Mesmo com os desafios climáticos, muitas propriedades investiram em técnicas de melhoria do cultivo agrícola e práticas sustentáveis para aumentar a produtividade.
Desempenho da indústria e do setor de serviços
Na indústria, o destaque positivo foi para a atividade de Energia e Saneamento, que cresceu 11,7%, refletindo o aumento no consumo de energia elétrica devido às temperaturas elevadas e ao aquecimento da economia em 2024.
O setor da construção civil avançou 2,1%, enquanto a indústria de transformação registrou alta de 1,1%. Dentro desse segmento, a metalurgia cresceu 5,1%, e a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis avançou 4,2%. Em contrapartida, algumas atividades tiveram retração no ano, como papel e celulose (-5,8%), produtos de minerais não metálicos (-1,0%) e produtos alimentícios (-0,9%).
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