Em meio a uma das crises mais abruptas da história do Brasil, o Senado Federal derrubou o veto do presidente Bolsonaro e permitiu que o salário do funcionalismo público seja aumentado, ocasionando um rombo de até R$132 bilhões aos cofres públicos. Votaram pela manutenção dos aumentos os senadores capixabas Marcos do Val (Podemos) e Fabiano Contarato (REDE). Em suma, o que se fez foi destinar dinheiro dos pobres (pagadores de impostos) para os funcionários públicos, que fazem parte da elite salarial do país e contribuir para o desequilíbrio fiscal. Apesar da Câmara ter mantido o veto na noite de ontem, revertendo a decisão do Senado, a atitude dos senadores revela muito sobre a irresponsável  gestão fiscal do Brasil. Sobre os impactos dessa medida irresponsável apoiada por políticos capixabas, conversamos com o economista-chefe da Apex Partners, Arilton Teixeira.

As principais características do Líder 5.0

Como está sendo sua reação ao ler esse tópico? Muito se fala de uma liderança 4.0 baseada nos preceitos do mundo VUCA ( Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade), porém já existe uma linha de raciocínio japonesa que está está sendo disseminada pela Europa e que mais cedo do que imaginamos, pode chegar no Brasil. O quanto você, líder, está buscando inovação para a sua carreira e para sua empresa? Confira as principais características da Society 5.0: resolução de problemas através dos valores, saber promover a diversidade, descentralização de ações, resiliência e sustentabilidade para viver em harmonia com a natureza. Qual desses aspectos você pode potencializar? *Patrícia Marilac é psicóloga e e diretora da Marilac Desenvolvimento Organizacional

Enquanto iniciativa privada se sacrifica, funcionalismo recebe aumentos

Irresponsabilidade. Isso o que define a atuação do Congresso ao derrubar o veto de Bolsonaro que congelava aumentos a funcionários públicos dos estados e municípios até 2021, como contrapartida pela ajuda financeira de R$ 60 bilhões aos entes federativos durante a pandemia. Por dois votos apenas a proposta foi aprovada. Ou seja, sem o voto dos senadores capixabas Marcos do Val e Fabiano Contarato, o caminho seria outro. O Ministério da Economia calcula que, caso o veto seja derrubado pela Câmara, o impacto fiscal pode chegar a R$ 132 bilhões, que poderiam ser poupados em 12 meses. A conta da União fica em R$ 31 bilhões e do Estado do Espírito Santo fica em R$ 250 milhões. O economista-chefe da Apex Partners avalia que “durante a formulação da lei de ajuda aos estados e municípios, Bolsonaro queria manter a possibilidade de reajuste a algumas categorias. Tendo em vista isso, Paulo Guedes alertou sobre o risco de rombo fiscal e Bolsonaro vetou acertadamente. O veto foi derrubado no Senado por conta do forte lobby do funcionalismo público”. Os impactos da derrubada do veto são graves. A mais evidente é que a permissão de reajustes amplia o desequilíbrio fiscal, já agravado pelos altos gastos do período de pandemia. Com as contas públicas desorganizadas, os governos perdem a capacidade de investimento e correm maior risco de não terem mais recursos para cumprir com suas obrigações. Para o investidor estrangeiro, é um sinal claro de que trata-se de um péssimo lugar para investir. Uma outra consequência grave da permissão de reajustes é a transferência de recursos dos pobres aos ricos. Durante o período de pandemia, milhões de trabalhadores e empreendedores perderam renda e se sacrificaram para sobreviver. Qual foi o sacrifício dos três poderes? Nenhum. Não cortaram um centavo de seus salários e regalias e estão prestes a receberem aumento. Assim, essa camada da população que faz a economia girar e sustenta o governo será sufocada pelo aumento salarial dos funcionários que receberam salários regularmente durante toda a pandemia. Para Arilton Teixeira, a derrubada do veto é grave, mas o Ministério da Economia não tem contribuído com a redução de gastos públicos e redução da carga tributária. “Com o aumento vegetativo de salários, PEC do Teto de Gastos em jogo, o país caminha rumo ao descontrole fiscal. Isso poderia ser resolvido caso Paulo Guedes, antes ‘Posto Ipiranga’ e agora ‘Imposto Ipiranga’ estivesse se preocupando em reduzir os gastos públicos. Recentemente, ele tem dedicado mais esforços a aumentar a carga tributária. O governo não precisa de mais arrecadação, que já é altíssima, precisa cortar gastos, principalmente com funcionalismo público, que é o foco dessa derrubada de veto”, conclui o economista. *Atualização: na noite de ontem (20) a Câmara dos Deputados reverteu a decisão do Senado e manteve o veto do presidente.

Apple atinge US$ 2 tri de valor de mercado

É a 1ª empresa do mundo a chegar neste patamar, em meio a apostas de investidores de que a empresa irá prosperar mais no mundo pós-coronavírus. As ações da companhia acumulam valorização de cerca de 57% em valor até agora em 2020. (BR Investing)

Real tem pior desempenho no mundo

Isso devido ao mal-estar sobre fiscal no Brasil, o que também impactou os juros futuros. O dólar à vista subiu 1,14%, a 5,56 reais na venda, maior patamar desde 22 de maio. (Reuters)

Fim do teto de gastos levaria dólar a R$ 6,50

Cenário é considerado bastante remoto no momento, com base em respostas de 14 gestores e economistas do mercado. (Valor Econômico)