Ontem (17) o jogador Ronaldo Nazário de Lima, o “Ronaldo Fenômeno”, anunciou a compra do Cruzeiro por R$400 milhões nas redes sociais, ao lado de sócios diretores da XP, empresa responsável pela negociação. Um deles é Rafael Furlanetti (foto), nascido e criado no município capixaba de São Gabriel da Palha. Leia abaixo a conversa exclusiva de Furlanetti com Mundo Business sobre o deal.
“Vamos revolucionar o futebol brasileiro”, afirma capixaba
Depois do atacante Jussiê, que conquistou cinco títulos pelo Cruzeiro entre 2003 e 2004, um outro capixaba entrou em campo – agora ajudando o clube mineiro a se reerguer. Rafael Furlanetti, sócio e diretor de Relações Institucionais da XP, participou da negociação que resultou na aquisição do Cruzeiro pelo ex-atacante Ronaldo Nazário. As conversas foram mantidas em total sigilo, até seu anúncio oficial no sábado (18). Entre as poucas pessoas que tiveram acesso à negociação estavam Furlanetti, o CEO da companhia Thiago Maffra e o próprio fundador, Guilherme Benchimol. A aquisição deslanchou depois da aprovação, há três meses, da lei 14.193/21, que criou a sociedade anônima do futebol (SAF), modalidade jurídica que permite esse tipo de negociação de “clubes-empresa”, onde acionistas conseguem ser donos do negócio. Em exclusiva para a coluna Mundo Business, Furlanetti afirmou que esse pode ser o pontapé inicial de uma forte mudança no futebol brasileiro — a injeção de capital de investidores profissionais, prática comum na Europa, ainda é incipiente por aqui. “Acreditamos que o futebol brasileiro atrairá ainda mais o interesse de grandes investidores nacionais e internacionais”, disse o empresário. Esse tipo de movimentação, como sabemos, pode elevar o nível dos clubes do país. É o que garante Rafael: “essa operação mudará a história do futebol brasileiro. Vamos revolucionar o nosso futebol, a paixão de todos. Como capixaba, estou orgulhoso de participar desse momento”, finalizou. A disposição para fazer isso acontecer parece realmente existir. A empresa do capixaba criou uma área para cuidar de investimentos em esportes — e colocou como missão fazer do Brasileirão o melhor campeonato de futebol do mundo.