A praga foi trazida ao Brasil na década de 80 com o intuito de substituir o escargot na culinária, mas não obteve sucesso. Décadas depois, ausência de predadores naturais e clima favorável colaboram com sua proliferação e preocupam produtores rurais do norte do Estado, com infestações nas plantações das principais culturas capixabas; confira
Caramujo oferece risco financeiro e sanitário
Com o excesso de chuvas que vem ocorrendo desde outubro passado até agora, há um aumento de matéria orgânica no solo e nos rios, o que favorece a proliferação da praga, visto que a alimentação é facilitada. A alta umidade também um fator determinante que auxilia na sua reprodução e contribuiu para que a população da espécie aumentasse exponencialmente. As principais infestações têm ocorrido nas lavouras de café, mamão e pimenta-do-reino, nos municípios de São Mateus, Jaguaré, Vila Valério e Sooretama. Porém há uma maior preocupação em relação ao café, já que a época de colheita está se aproximando. Além do risco de contaminação sanitária, as fezes presentes nos grãos de café, quando levadas ao secador, exalam um forte odor, diminuindo a qualidade olfativa do café, e consequentemente leva a perdas de safras inteiras. No caso do mamão é mais grave. Os animais além de comerem o fruto e gerarem perdas na produção, podem transmitir doenças através do mamão, levando ao descarte de colheitas inteiras e gerando prejuízo para o produtor rural.
O que se pode fazer para evitar a infestação?
Por ser uma espécie invasora e não possuir predadores naturais, o combate fica prejudicado. A única alternativa é tomar medidas de controle, uma vez que os principais fatores para a proliferação do animal estão fora do alcance, como o clima e o nível de umidade no ar. A luta é feita através de eventos de orientação da população e catação manual dos animais.