Na última semana, observamos um forte volume de chuvas em nosso estado. Na maioria dos municípios, as precipitações acumularam mais de 50mm, chegando a passar dos 100mm em algumas regiões como na Grande Vitória. Em meio a esse contexto, como fica o cenário de crise hídrica e os reservatórios do Espírito Santo? Como os produtores rurais podem ser afetados?
Chuvas aliviam pressão sob recursos hídricos
As chuvas de outubro já eram esperadas pelas autoridades capixabas, que trabalham com o início das chuvas mais intensas na chegada e ao longo do verão. Assim, uma amenização no cenário hídrico era esperada. Segundo a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), a chuva dos últimos dias marca a transição do fim do período de estiagem para o início do período chuvoso e o alto índice de precipitação promoveu um aumento significativo no volume dos rios do Estado. Contudo, vale lembrar que até o mês de setembro, o órgão havia declarado estado de atenção para os rios e reservatórios do estado, que sofriam fortemente com a redução no volume e na vazão. Na prática, o cenário deteriorado afetava todos os setores da economia capixaba, em especial o agronegócio e a indústria. As chuvas amenizam esse cenário e voltam a trazer esperança para os capixabas.
Os efeitos sobre o agro
Em primeiro momento, a chuva melhorou a disponibilidade hídrica, principalmente para as culturas perenes. Isso beneficia os agricultores do estado que já observavam suas terras castigadas com meses seguidos de deficiência hídrica e estiagem. Contudo, para seguir amenizando a situação dos produtores, o cenário de chuvas precisa ser mais consistente. Nesse cenário, o contexto aparenta ser otimista. Isso porque de acordo com o Incaper, o período de maiores chuvas no estado se concretiza justamente ao longo do verão. Mesmo assim, o cenário ainda segue de cautela e controle de riscos, uma vez que, mesmo improvável, uma manutenção da estiagem pode prejudicar os resultados do setor no fim do ano.