
A Suzano, maior produtora mundial de celulose, alcançou uma redução histórica de 61% no número de incêndios em suas áreas de plantio em 2024, na comparação com o ano anterior. Somente no Espírito Santo, a queda foi de 53%. O resultado reflete a eficácia das ações de prevenção e combate aos incêndios florestais, mesmo diante de condições climáticas extremas — como altas temperaturas e estiagens prolongadas.
O ano de 2024 foi um dos mais desafiadores para o Brasil em relação aos incêndios florestais, com um aumento de 46,5% nos focos de queimada em todo o país, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Para Luiz Ribeiro Bueno, gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Suzano, o desempenho da empresa é reflexo de uma atuação integrada.
“Isso foi possível graças aos nossos esforços contínuos e integrados, incluindo investimentos em tecnologia de ponta e treinamento das equipes, à eficácia de nossas ações preventivas e nossa agilidade em responder às emergências. Com isso, fortalecemos nosso compromisso de renovar a vida a partir da árvore, conservar a biodiversidade e melhorar a qualidade de vida das comunidades ao nosso redor”, comenta.
Tecnologia a serviço da prevenção
Para minimizar o impacto das queimadas, a Suzano intensificou o uso de tecnologias avançadas. Modelos matemáticos para previsão de risco, sensores e equipamentos de monitoramento de última geração ampliaram a assertividade na identificação de focos de incêndio e reduziram o tempo de resposta. Hoje, o tempo médio entre a detecção e o controle de um foco é de 30 minutos — inclusive à noite.
Em 2024, a companhia também reforçou sua infraestrutura de vigilância com a instalação de novas torres de observação equipadas com câmeras de alta resolução e inteligência artificial, capazes de identificar automaticamente sinais de fumaça.
No total, são 133 torres operando no Brasil, sendo 21 no Espírito Santo. Elas funcionam com energia solar, têm cobertura 360º e alcance de 15 km, enviando imagens em tempo real para a Central de Monitoramento da empresa.
Assim que um foco é detectado, a brigada mais próxima é acionada para conter as chamas e evitar a propagação.
Entre as novidades que devem ser incorporadas ao sistema em breve está o uso de drones de longo alcance com câmeras térmicas. Com autonomia de voo de até 60 km e longa duração, esses equipamentos permitirão a identificação preventiva e precisa de focos de incêndio, além de contribuírem para o planejamento estratégico das operações em campo.
Outra inovação adotada em 2024 foi a modernização da frota, com a implantação de internet satelital veicular. A conectividade em tempo real melhora a comunicação entre as equipes e a coordenação das ações, especialmente em áreas remotas.