O mercado de galpões logísticos segue em expansão, com valorização dos aluguéis e escassez de grandes áreas disponíveis para locação. Na Serra, um dos principais polos capixabas, a taxa de vacância – indicador que representa a porcentagem de imóveis não locados – é de apenas 6,34%, segundo o Radar Imobiliário da Apex, que monitora os indicadores do mercado imobiliário no estado.
No município, o empreendimento Apex Log Pitanga acaba de atingir 100% de ocupação, abrigando as operações de três multinacionais. Inaugurado em maio do ano passado, o empreendimento foi idealizado dentro do padrão-ouro dos galpões, triplo A, que é o tipo mais escasso no mercado. Em janeiro deste ano, o empreendimento recebeu o selo LEED SILVER, dedicado a empreendimentos que fornecem estruturas sustentáveis e econômicas.
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Padrão triple A é preferido por operadores logísticos e empresas de grande porte
Nos últimos anos, companhias brasileiras e multinacionais – Amazon, Madeira Madeira, Whirlpool (das marcas Brastemp e Consul), CeVa (que opera a Sephora), a BRF (das marcas Sadia, Perdigão e Qualy) – instalaram centros de distribuição no Espírito Santo, estimulados pela localização estratégica e incentivos fiscais.
O condomínio Apex Log, em Pitanga, na Serra, também atraiu diversas empresas de grande porte – entre elas, a Lisa, empresa de logística integrada com presença em São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Paraíba, e outras duas multinacionais dos setores de varejo e bens de consumo.
Segundo o diretor de Real Estate da Apex, Marcelo Murad, o condomínio logístico foi projetado dentro do padrão-ouro dos galpões – triplo A – que é preferido pelas empresas de grande porte e operadores logísticos. Dentre as características construtivas, estão um piso com capacidade mínima de 6 toneladas por metro quadrado, pé direito mínimo de 12 metros, uma série de itens de isolamento termoacústico e combate a incêndio.
“Todos os módulos foram locados em um intervalo de 10 meses, tempo bem menor do que o esperado para esse tipo de empreendimento. São locatários diversificados, com atuação sólida e de setores economicamente maduros. Agora, com todas as áreas locadas e operando plenamente, o Apex Log entra em um novo ciclo, focado na eficiência operacional, consolidando-se como um ativo estratégico no mercado logístico”, ressalta.
O Apex Log Pitanga foi construído em um terreno de 106 mil metros quadrados e conta com uma área bruta locável de 35 mil metros quadrados. O investimento, viabilizado pela Apex, foi na ordem de R$ 118 milhões. Segundo Murad, o galpão foi desenvolvido com capital de investidores que recebem dividendos com aluguel.
“Nesse modelo, investidores se tornam sócios dos empreendimentos, financiando seu desenvolvimento e participando dos lucros gerados por vendas ou aluguéis. Esse formato já é referência no Espírito Santo e começa a ganhar tração em outros mercados regionais, gerando oportunidades para investidores locais financiarem projetos que desenvolvem suas próprias regiões”, completa o diretor.
A gestão predial do condomínio é realizada pela CBRE, um dos principais players no mundo em soluções imobiliárias.
O empreendimento foi desenvolvido pela Apex, que tem frentes de atuação em três teses de mercado imobiliário: properties (shoppings, galpões logísticos e prédios comerciais), desenvolvimento urbano e desenvolvimento residencial. Ao todo, a companhia tem mais de R$ 2,4 bilhões em ativos sob gestão em teses imobiliárias.
Entre os projetos, o Reserva Vitória, complexo que protagonizou a revitalização da Curva da Jurema, na capital; e o plano de desenvolvimento da Fazenda Nova Trento, em Pedra Azul, que foi adquirida recentemente do ex-presidente da Vale e ex-ministro de Minas e Energia, Eliezer Batista.