Um mês após a primeira live promovida pela Liveconsult, voltamos a debater com empresários capixabas do setor de tecnologia sobre os impactos da crise. Dessa vez, os destaques foram os impactos do dólar alto na competitividade das empresas capixabas, a mudança de comportamento dos consumidores e a dificuldade de acesso ao crédito. A live contou com a participação de Marlon de Paula (Liveconsult), Rodrigo Dessaune (ISH), Luciano Barcelos (Nexa), Niase Borjaille (MindWorks) e o deputado federal Felipe Rigoni. A mediação foi feita pela coluna. Siga-nos no Instagram e faça parte do nosso grupo de WhatsApp

Falta de crédito pode quebrar geração de empreendedores, afirma deputado

Um dos maiores desafios para o empresário de T.I. e de outros setores é o acesso ao crédito. Isso é o que afirma Niase Borjaille, sócio da Mindworks. Ele argumenta que “o setor de tecnologia é muito diverso: existem empresas crescendo e outras sofrendo, a depender do principal setor de atuação de seus clientes. Soma-se a isso o dólar volátil que não nos dá condições de realizar projeções seguras. Nesse cenário, muitas empresas estão com dificuldades de caixa e sem acesso a crédito para se manter”. O deputado federal Felipe Rigoni também vê escassez de crédito para diversas classes de empresas, mesmo com ações do governo. “Apesar de o governo ter injetado R$ 40 bi nos bancos para ajudar microempresários a financiar as folhas de salário, o que chegou à ponta foi irrelevante, cerca de 1,5%. Empresas com mais patrimônio intangível e menos ativos físicos, como as de T.I., tem mais dificuldade em obter o crédito”. Junto a outros parlamentares, Rigoni disse que se reunirá com o presidente para propor melhorias. Para ele, se não houver dinheiro para os negócios, “estaremos quebrando uma geração de empreendedores no Brasil”.

Dólar caro torna serviços em real mais atrativos

Rodrigo Dessaune, diretor da ISH, empresa especializada em cibersegurança, infraestrutura tecnológica e computação em nuvem viu sua demanda por serviços de segurança virtual crescer fortemente. “Muitos clientes tiveram incidentes de cibersegurança, da pequena loja à líderes nacionais, o que triplicou a demanda pelo serviço. Cresceu também a procura por projetos de data centers com duração dois a três anos com cotação em real, não em dólar”. Para Dessaune, a apreciação da moeda americana pode ser positiva para o setor de T.I. brasileiro à medida que o torna mais competitivo: “Vamos competir na América Latina com produtos americanos, que ficaram mais caros em todo o mundo”. Marlon de Paula, diretor da alianças da Liveconsult, enxerga que o dólar apreciado vem reduzindo demanda por serviços de nuvem como Google Drive e AWS (Amazon), o que cria mais demanda pelo produto nacional. Ele avalia também que empresas de tecnologia estão se solidarizando e utilizando capacidade operacional para apoiar a sociedade em meio à crise econômica e sanitária. Luciano Barcelos, da Nexa, empresa especializada em soluções corporativas de T.I., tem uma visão similar com relação ao dólar: “Ficamos mais atrativos que serviços dolarizados, mas não perdemos na qualidade. A tecnologia brasileira é muito boa”. Barcelos reportou um aumento em serviços de internet das coisas (IoT) e revela que o mercado de tecnologia será cada vez mais requisitado para empresas buscando maior eficiência e competitividade. Para ele, aumentar custos com espaço físico não vai fazer parte do “novo normal”.

Elogroup lança Painel de Petróleo e Gás

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Nele já é possível encontrar informações sobre a produção de petróleo e gás no ES e no Brasil de forma geo-referenciada, visualizar dados históricos sobre campos e poços produtores, e ter uma visão geral da atuação das operadoras.

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