Mais de 100 empreendimentos residenciais estão em construção na Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica). Eles somam 13.338 unidades em estágios que variam desde a planta até o acabamento. Aproximadamente 70% delas já foram vendidas, 43,1% estão na fase de estrutura e 20% na de acabamento. Os números divulgados pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon-ES) mostram que o mercado segue aquecido no cenário pós-pandemia.

Com foco no padrão econômico, Morar vai lançar R$ 300 milhões em novas unidades em 2024

As 20 construtoras com o maior número de unidades em produção no Espírito Santo são responsáveis por 10.540 unidades em andamento do total de 13.448. A MRV segue na liderança com 1.792 residenciais na Serra, Cariacica e Vila Velha. Em seguida, vem a Morar Construtora, que ocupa o 2° lugar em unidades e maior metro quadrado privativo. A Morar tem 1.776 unidades em produção, com um empreendimento em Vila Velha e três na Serra. Até o final do ano, estão no radar mais dois lançamentos. No próximo mês, será lançado um empreendimento com valor geral de vendas previsto para R$ 100 milhões e 384 unidades residenciais no bairro Rio Marinho, em Vila Velha. Além de outro na Serra, em Porto Canoa, com valor de vendas de R$ 100 milhões em 386 unidades. Filippe Vieira, diretor comercial da Morar, demonstrou otimismo com as novas regras do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.  O teto do valor do imóvel passou de R$ 219 mil para R$ 350 mil. “O cenário econômico tem se mostrado positivo e a expectativa é colocar mais residenciais na fila dos nossos investimentos. Por isso, estamos com previsão de R$ 300 milhões em lançamentos para 2024 nas duas cidades que já temos atuação: Serra e Vila Velha”, destacou Vieira. Confira o ranking das construtoras que detém o maior volume de imóveis e as maiores áreas privativas: As construtoras com o maior número de unidades em produção são: 1) MRV: 1.792 unidades 2) Morar: 1.776 unidades 3) Argo: 1.316 unidades 4) Grand: 602 unidades 5) Kemp: 580 unidades 6) De Martin: 500 unidades 7) Canal: 421 unidades 8) Épura: 406 unidades 9) Proeng: 385 unidades 10) Javé: 376 unidades 11) Galwan: 373 unidades 12) Ica Construtora: 303 unidades 13) Metron Engenharia: 300 unidades 14) Monopoly Construtora: 264 unidades 15) Hanei Minoru: 243 unidades 16) De Castro: 218 unidades 17) Orion: 176 unidades 18) Nazca: 173 unidades 19) Santos Neves: 168 unidades 20) Barbosa Barros: 168 unidades Já as incorporadoras com maior área privativa (m²) em produção: 1) Grand: 98.569 m² 2) Morar: 88.152 m² 3) MRV: 79.092 m² 4) Argo: 76.712 m² 5) Nazca: 51.392 m² 6) Kemp: 49.679 m² 7) Hanei Minoru: 49.133 m² 8) Rdamázio: 37.215 m² 9) Proeng: 29.477 m² 10) Javé: 26.585 m² 11) De Martin: 24.066 m² 12) Galwan: 23.615 m² 13) Ica Construtora: 23.049 m² 14) Cittá: 22.128 15) Canal: 21.973 m² 16) Épura: 21.533 17) Orion: 17.741 m² 18) De Castro: 15.821 m² 19) TMA Construções: 15.752 m² 20) Sólida: 15.285 m²

Vitória desponta com empreendimentos de alto padrão

Nos últimos três anos, o mercado imobiliário na Grande Vitória passa por um período de estabilidade. De acordo com dados do Sinduscon-ES, o número de lançamentos residenciais se mantém em torno de 14 mil novas unidades por semestre desde julho de 2021 – mesma época em que a redução da taxa básica de juros incentivava a aquisição de imóveis e o aumento da oferta. Atualmente, a Grande Vitória tem 119 empreendimentos residenciais em construção, considerando Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica. Do total, 55 estão em Vila Velha, 44 em Vitória, 18 na Serra e 2 em Cariacica. Mesmo com menor número de unidades (2.415), a capital abriga a maior parcela de projetos de alto padrão (63,3%), seguida da Serra (57,2%) e de Vila Velha (29,6%). As duas construtoras com maior número de unidades em produção são especializadas em projetos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), a MRV e a Morar Construtora. Já a Nazca, com 10 anos de mercado, direciona a atenção para empreendimentos de alto padrão em Vitória. As unidades custam de 2 a 11 milhões de reais. “Em 2009, a Nazca realinhou seus objetivos e decidiu focar exclusivamente no mercado de alto padrão. Nossa presença nesse setor nos permitiu adquirir um portfólio de terrenos, avaliados em cerca de R$ 2 bilhões, que estão destinados a futuros lançamentos. Buscamos as localizações, como a Curva da Jurema, Praia do Canto e Mata da Praia, privilegiando, sempre que possível, à vista para o mar”, destacou o CEO da Nazca, Breno Peixoto. Dentre os recentes lançamentos da Nazca em Vitória estão o The View, localizado na Mata da Praia; o Ventanas Praia do Canto; o Reserva Vitória, que contará com dois edifícios na Enseada do Suá; e o Singular For Life, o primeiro residencial World-Class no estado, também na Praia do Canto. Uma das abordagens da Nazca é a sua entrada no mercado de capitais. “A diversificação tem sido uma estratégia-chave para reduzir a exposição aos riscos do mercado imobiliário”, complementou Peixoto. Em relação aos próximos projetos, a Nazca tem quatro empreendimentos em fase de aprovação em Vitória. Entre eles, o “Soul” com quatro quartos na Praia do Canto, na Rua Constante Sodré; o “Ocean”, na Mata da Praia, na Dante Michelini, com apartamentos que podem chegar a 220 metros quadrados. Também está prevista a construção do “Sian”, uma expansão do “Reserva Vitória”, que terá unidades com 270 metros quadrados, além de um projeto em parceria com a Apex, um residencial de 300 unidades voltado para locação, que será um dos mais altos do estado. Já na lista de construtoras com maior área privativa em produção, a Grand está à frente das empresas especializadas no MCMV. E se destaca no ranking com dois empreendimentos de luxo no portfólio: Una e Taj. Com um investimento de R$ 600 milhões, o Taj Home Resort está sendo construído em Vila Velha, no Jockey de Itaparica, num terreno de 30 mil metros quadrados. Serão duas torres residenciais, uma de 25 andares e a segunda com 50 andares. O valor geral de vendas estimado é de R$ 1,2 bilhão. O Una deverá ser o prédio mais alto de Vitória, em um terreno de 1 mil metros quadrados na Avenida Beira Mar. Ao todo, serão 37 pavimentos, 124 apartamentos e chegará a 128 metros de altura. Inspirado nos grandes residenciais de Miami, demandou um investimento de R$ 135 milhões e terá um valor geral de vendas próximo de R$ 232 milhões.