Com demanda externa em alta, as exportações de carne de frango, in natura e processadas, tiveram um crescimento de 19,7% em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2021, atingindo o patamar de 349,1 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Acompanhe a Agro Business pelo WhatsApp!
“Vai e vem” do mercado
Além da escalada na quantidade enviada ao exterior, também foram observadas altas no preço médio da tonelada embarcada. Com isso, a receita advinda das vendas cresceu 42% na mesma comparação, alcançando a marca de US$ 616,9 milhões. Em nota, Ricardo Santin, presidente da ABPA, lembrou que o mercado internacional de produtos avícolas continua a enfrentar forte pressão da alta dos custos dos insumos, o que se reflete nos preços praticados. Ainda, segundo ele, o ponto positivo é que, a despeito dos preços mais elevados, o produto brasileiro segue muito demandando devido à qualidade e ao fato de o Brasil ser o único grande exportador livre de influenza aviária. Nesse contexto, a China seguiu na liderança das importações da carne de frango brasileira, demandando um volume 4,6% maior em janeiro – 48,3 mil toneladas. Mas, para a ABPA, o grande destaque foi o segundo principal importador: os Emirados Árabes Unidos importaram 42,8 mil toneladas, com incremento de 96,6% ante o primeiro mês do ano passado. Também ampliaram as compras na comparação a União Europeia (+53,5%, para 18,1 mil toneladas), as Filipinas (+339,4%, para 11,4 mil toneladas), a Coreia do Sul (+94%, para 10 mil toneladas) e a Rússia (+100%), com 9,2 mil toneladas. Por fim, vale destacar que a instituição ainda coloca como fator relevante no mercado internacional os focos de influenza aviária na Europa, na Ásia e na África, o que pode afetar a dinâmica de exportações e colocar o Brasil ainda em maior destaque, dada a ausência da doença nos animais do país.