Plantação de mamão no Espírito Santo
Plantação de mamão no Espírito Santo

As exportações de mamão do Espírito Santo registraram um crescimento no primeiro bimestre de 2025. O estado embarcou 3,4 mil toneladas da fruta para o mercado internacional, gerando um faturamento de US$ 4,7 milhões. Em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram exportadas 2,9 mil toneladas e a receita foi de US$ 4,0 milhões, houve um aumento de 17% no volume exportado e 17,5% na arrecadação.

No Brasil, as exportações da fruta somaram 8,4 mil toneladas

A nível nacional, as exportações da fruta somaram 8,4 mil toneladas no primeiro bimestre, um crescimento de 25,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em fevereiro, o volume foi 21,7% maior que o registrado no mesmo mês de 2024, mas apresentou uma queda de 8,4% em relação a janeiro deste ano. Já o faturamento totalizou US$ 10,4 milhões no período, com alta de 23,6% frente ao primeiro bimestre do ano passado.

O Espírito Santo se destacou como o maior exportador nacional de mamão, responsável por 41% do volume total embarcado, seguido pelo Rio Grande do Norte, que participou com 37% das exportações. Os principais destinos da fruta foram Portugal (32%), Espanha (15%) e Reino Unido (12%).

Segundo a Conab, o bom desempenho das vendas externas foi impulsionado pela alta oferta da fruta, resultado de um ciclo produtivo favorável iniciado no segundo semestre de 2024, além de um câmbio atrativo, que manteve o produto competitivo no mercado internacional.

Mercado interno e comportamento dos preços

No mercado interno, os preços do mamão formosa apresentaram alta em diversas centrais de abastecimento (Ceasas). Em março, os aumentos mais expressivos foram registrados na Ceasa/RJ, no Rio de Janeiro (+12,5%), e na CeasaMinas, em Belo Horizonte (+11%). Já o mamão papaya teve um comportamento mais instável, com destaque para a valorização na Ceasa/ES, em Vitória (+9,6%), e a queda na Ceasa/PR, em Cascavel (-7,7%).

A previsão climática para os próximos meses aponta chuvas abaixo da média nas principais regiões produtoras do país, incluindo o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia. Esse cenário pode favorecer um amadurecimento mais acelerado da fruta, desde que o déficit hídrico não seja extremo.

Em fevereiro, a comercialização da fruta caiu devido à menor colheita nas regiões produtoras, o que elevou os preços e reduziu a demanda. A produção foi afetada pelas chuvas intensas de janeiro, que reduziram a produtividade e favoreceram o surgimento de doenças fúngicas em algumas lavouras. Como resultado, as cargas enviadas para as Ceasas recuaram, com destaque para a Bahia (queda de 23,7% em relação a janeiro) e o Espírito Santo (redução de 20,3%).

No total, foram comercializadas cerca de 26,6 mil toneladas de mamão nas principais centrais de abastecimento do país, volume 24% menor que o registrado no mês anterior.

Stefany Sampaio
Stefany Sampaio

Colunista

Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba de Norte a Sul, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.

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