De janeiro a agosto, o agronegócio capixaba atingiu a marca de US$ 1,2 bilhão de dólares em exportações, cerca de R$ 5,8 bilhões na cotação atual. Esse valor é 20,5% superior em comparação com o mesmo período do ano passado. Vale ressaltar que, desde o período pré-pandemia, o Espírito Santo não alcançava a cifra do bilhão durante os oito primeiros meses do ano. Além disso, o volume de exportação também cresceu 18,5%, no total, com mais de 1,6 milhão de toneladas de produtos capixabas embarcadas para o exterior. Entre os produtos mais valorizados em termos comerciais, destacam-se o gengibre, que apresentou um crescimento de 137,4%, seguido pelo café cru em grãos, café solúvel, celulose, chocolates e produtos à base de cacau.

Celulose, café e pimenta pauta a exportação do agro capixaba

Além dos resultados positivos no valor comercializado do gengibre, outros produtos apresentam bons desempenhos. O café cru em grãos cresceu 33,4%, o café solúvel aumentou em 19,9%, a celulose teve aumento de 25,4%, enquanto chocolates e produtos preparados com cacau cresceram 3,8%. A carne bovina também contribuiu para os resultados, com um aumento de 3,6%. Os ganhos compensaram a queda nas exportações de pimenta-do-reino, que diminuiu em 19,5%, e do mamão, que teve uma redução de 21,9%. O secretário de Agricultura, Enio Bergoli, expressou otimismo com os resultados das exportações do agronegócio capixaba. Segundo ele, o desempenho alcançado não era visto desde 2011 e projetou que as exportações podem chegar a US$ 2 bilhões até o final de 2023. ‘Esperamos um crescimento ainda maior entre os meses de setembro e dezembro para vários produtos da nossa pauta de produtos comercializada em mais de 100 países”, afirmou. Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba, ou seja, a celulose, o café e a pimenta-do-reino, representaram mais de 92,5% do valor total comercializado de janeiro a agosto deste ano. O crescimento do volume comercializado foi devido às variações positivas do café cru em grãos (+67,9%), gengibre (+29,4%), celulose (+16,9%), pimenta-do-reino (+5%) e chocolates e preparados com cacau (+3,9%). Esses aumentos compensaram a queda nas exportações de mamão (-35,6%), carne de frango (-53,7%), peixes (-30,7%) e álcool etílico (-22%). Nos preços médios internacionais, houve queda para o café cru em grãos (-18,1%), pimenta-do-reino (-23,3%) e de peixes (-5,3%). Enquanto isso, houve aumento nos preços do gengibre (+83,5%), mamão (+21,2%), celulose (+7,3%), carne de frango (+19%) e carne bovina (+2,1%). A variação de volumes e preços se refere à comparação dos dados acumulados de janeiro a agosto de 2023/2022. O Espírito Santo foi o estado brasileiro maior exportador de pimenta-do-reino, mamão e gengibre entre os estados brasileiros, além de ocupar a terceira posição na comercialização do café, incluindo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído. Um dos destaques deste ano foi o gengibre, que durante todo o ano passado foi o 6º principal produto da pauta de exportação e rendeu US$ 18,9 milhões de dólares. Agora, ele ocupa o 4º lugar no ranking de produtos e já rendeu US$ 20,1 milhões de dólares somente nesses oito meses de 2023, tomando o protagonismo do mamão, que caiu nas exportações e agora ocupa o 5º lugar, com US$ 13 milhões de dólares em exportações.

Stefany Sampaio
Stefany Sampaio Colunista
Colunista
Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.