O fundo imobiliário Log CP, do BTG Pactual, investiu R$ 177,1 milhões para adquirir um galpão logístico localizado em Viana, no Espírito Santo. Próximo à Rodovia do Contorno, o Log Viana II possui 50 mil metros quadrados de área bruta locável e, hoje, abriga o centro de distribuição capixaba da gigante Amazon e do grupo britânico Reckitt, além de outras multinacionais. Segundo o comprador, a transação faz parte da busca por ativos descentralizados no país.
Viana se firma como hub logístico capixaba
Ao lado de cidades como Cariacica e Serra, o município de Viana tem se firmado como um importante hub logístico do Espírito Santo, apresentando vocação para atividades ligadas ao transporte, armazenamento e distribuição de cargas. Segundo o Radar Imobiliário da Apex, que monitora os indicadores do mercado imobiliário no Espírito Santo, Viana hoje possui oito empreendimentos logísticos, que somam mais de 342 mil metros quadrados. No entanto, a taxa de vacância – indicador que representa a percentagem de imóveis não locados – é de apenas 4,92%, ou seja, há pouca disponibilidade de espaço para locação em galpões logísticos.
Crescimento do e-commerce aumenta busca por empreendimentos logísticos ‘descentralizados’, segundo estudo
A transação, que teve o valor total de R$ 492 milhões, envolveu a aquisição de dois empreendimentos logísticos: o Log Viana II, no Espírito Santo, e outra unidade em Fortaleza, no Ceará. O empreendimento capixaba fica situado em uma região reconhecida como um importante hub de transporte no Espírito Santo – a 13 quilômetros de distância do Porto de Vitória e 24 do aeroporto da capital. Ao todo, são 50.973 m² de área bruta locável que, hoje, abrigam 11 operações: entre elas, os centros de distribuição da varejista Amazon; da gigante do e-commerce mundial, Shopee; de uma das maiores empresas farmacêuticas do Brasil, Hypera pharma; e do grupo britânico Reckitt, que é dono de marcas como Veja e Vanish. Nos estudos de viabilidade da transação, o BTG destacou a busca por ativos descentralizados e o crescimento do e-commerce no país. “As empresas vêm expandindo suas operações para as principais praças do país para atender o crescente aumento de renda e exigência por entregas rápidas […]. E a expansão da malha logística vem refletindo diretamente no aumento do preço de locação dos poucos ativos logísticos AAA, e sua escassez representa uma oportunidade para travar contratos de longo prazo com os principais players desse mercado”, diz o estudo. O fundo hoje possui participação em outros ativos logísticos em cidades como Recife (PE), Salvador (BA), Betim (MG), Aracaju (SE) e Goiânia (GO).