O nível de emprego no campo superou os patamares anteriores a pandemia, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando vagas formais e informais. Isso porque no terceiro trimestre de 2021, a população ocupada na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura chegou a 9 milhões. O número representa 574 mil postos a mais do que no terceiro trimestre de 2019, antes da pandemia.

Como o mercado de trabalho no agro se comportou?

Ao analisar os dados, observou-se um crescimento de 6,8% na população ocupada. Ainda, segundo a consultoria IDados com dados do IBGE, constatou-se que o perfil de pessoas que trabalham no campo está ficando mais jovem e mais escolarizado. No terceiro trimestre de 2021, somaram-se cerca de 2,2 milhões de trabalhadores rurais com até 29 anos, o mais alto patamar desde 2015. Em número de trabalhadores, o grupo ainda é menor do que o das demais faixas etárias, mas foi o que mais cresceu na comparação com antes da pandemia, com aumento de 16% em relação ao início de 2019. Por outro lado, o número de trabalhadores rurais com ensino superior incompleto ou acima disso, mais do que dobrou nos últimos 9 anos, em patamar recorde. Eles eram 189,8 mil no terceiro trimestre de 2012. No mesmo período de 2021, já somavam 389,8 mil, ainda de acordo com os dados do IBGE.

Perspectivas para 2022

Com o crescimento do uso de tecnologia no agro e o avanço do setor, que já representa cerca de 27% da economia brasileira, mais jovens com maior grau de qualificação decidem voltar ou permanecer no campo. Nos próximos anos, o agro vai seguir com esse movimento de qualificação ainda mais forte, com as inovações e o crescimento das startups no setor. Assim, o perfil do trabalhador do campo pode sofrer ainda mais transformações ao longo do tempo.

Stefany Sampaio
Stefany Sampaio Colunista
Colunista
Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.