A partir de hoje (07), a Caixa Econômica Federal começou a aplicar as novas regras do Minha Casa, Minha Vida. A iniciativa terá aumento do subsídio do governo, redução da taxa de juros e alta no valor do imóvel para até R$ 350 mil. Essas novas regras viabilizam novos lançamentos e a inclusão de imóveis em estoque no programa e foram bem recebidas por construtoras capixabas especializadas no programa habitacional. A expectativa do setor é acelerar as vendas do estoque disponível e ampliar os lançamentos.
“Novo limite acompanha valorização dos imóveis”, afirma diretor da Morar
As novas regras do MCMV beneficiam todas as faixas do programa. No Espírito Santo, as mais beneficiadas são as famílias das faixas 2 (renda mensal bruta de 2.640 reais e 4,4 mil reais) e 3 (renda mensal bruta de 4,4 mil reais e 8 mil reais). Isso porque, com o aumento do valor do teto de R$ 219 mil para R$ 350 mil, muitos apartamentos disponíveis hoje no estado passam a fazer parte do programa e, por isso, poderão ser comprados com os benefícios de taxas de juros reduzidas, até 35 anos para pagar e descontos de até R$ 55 mil. Do ponto de vista prático, mais pessoas terão acesso aos benefícios, inclusive aquelas que não tiveram seus créditos aprovados nos últimos meses. Segundo Filippe Vieira, diretor comercial da Morar, construtora que se especializou no programa habitacional, as novas regras foram necessárias em razão da valorização dos imóveis em todo o país. “Os insumos da construção mais caros e os juros altos fez o preço dos imóveis subirem rapidamente nos últimos anos. Hoje não existe mais carro popular e também não existe mais imóvel popular. Esse teto mais elevado vem para atender a famílias com faixa de renda acima dos R$ 4 mil”, argumentou o executivo. A expectativa da construtora é que o novo limite destrave vendas e lançamentos. Antes da notícia, a Morar tinha cerca de 270 unidades de dois quartos enquadradas no MCMV. Com a mudança, a perspectiva é que esse número mais do que dobre, com um total de quase 600 apartamentos disponíveis para a venda de imediato na Serra e em Vila Velha. Destas, 100 unidades estarão prontas para morar ainda em 2023. Além das unidades de dois quartos, outras plantas da construtora foram enquadradas no MCMV, como as de 2 quartos com suíte, 3 quartos e unidades com quintal privativo. A perspectiva de expansão é tão alta que a previsão de lançamentos até 2024 era, antes da notícia, de cerca de 1000 unidades enquadradas no Programa, um Valor Geral de Vendas (VGV) de 250 milhões e, agora, a perspectiva é aumentar o número de unidades para 1.600 com um VGV de R$ 360 milhões.