O ano de 2025 começou com um desempenho positivo para as exportações da agropecuária capixaba e seus segmentos associados. Nos dois primeiros meses do ano, as vendas externas do setor geraram mais de US$ 527,4 milhões (aproximadamente R$ 3,1 bilhões), alcançando o maior valor da série histórica para o período. Esse resultado representa um crescimento de 31,9% em relação ao mesmo período de 2024, quando as exportações somaram US$ 400 milhões.
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Café, celulose e pimenta-do-reino lideram exportações capixabas do agronegócio
O avanço registrado no Espírito Santo contrasta com o cenário nacional. Enquanto o Brasil teve uma queda de 4% no valor das exportações do agronegócio e um recuo de 14,2% no volume comercializado, o estado capixaba exportou mais de 353 mil toneladas de produtos, fortalecendo sua presença no mercado internacional.
Os produtos que mais cresceram em valor comercializado foram pescados (+139,6%), café solúvel (+87,5%), álcool etílico (+48,1%), gengibre (+35,2%), café cru em grãos (+21,4%), carne de frango (+34,7%) e mamão (+19%). Já em volume, os destaques foram pescados (+110,4%), café solúvel (+54,4%), álcool etílico (+42,4%), carne de frango (+37%), pimenta-do-reino (+25,5%), mamão (+18,7%) e gengibre (+1,1%).
Principais produtos exportados
Os três principais produtos da pauta de exportação capixaba – complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino – responderam por 95% do total comercializado no primeiro bimestre.
As vendas alcançaram 94 países, com os Estados Unidos liderando como principal destino (14% do valor exportado), seguidos pela Turquia (10,4%). O agronegócio representou 35% de todas as exportações do estado nesse período.
“Os dados reforçam a competitividade do agro perante outros setores no cenário internacional. Isso é fruto de muito trabalho e resiliência dos produtores e das agroindústrias do Espírito Santo, que conseguem atingir mercados em todos os continentes com produtos de qualidade e sustentáveis”, pontua Enio Bergoli, secretário de Agricultura do Espírito Santo.
Entre os produtos que mais geraram divisas, o complexo cafeeiro liderou com US$ 319,2 milhões (60,5%), seguido por celulose (US$ 130,5 milhões, 24,7%) e pimenta-do-reino (US$ 50,3 milhões, 9,5%).
Outros destaques foram mamão (US$ 4,8 milhões, 0,91%), carne bovina (US$ 3,9 milhões, 0,73%), álcool etílico (US$ 3,7 milhões, 0,69%), chocolates e preparados com cacau (US$ 2,9 milhões, 0,55%), gengibre (US$ 1,9 milhão, 0,36%), pescados (US$ 1,8 milhão, 0,33%) e carne de frango (US$ 1,3 milhão, 0,24%). Outros produtos somaram US$ 7,6 milhões (1,4%).
O complexo cafeeiro segue como principal destaque das exportações capixabas. Em 2024, ele ocupou a liderança pelo quarto ano consecutivo, respondendo por 60% do valor exportado. No primeiro bimestre de 2025, essa participação subiu para 62%, impulsionada pela valorização dos preços no mercado internacional.
O Espírito Santo também se destacou no cenário nacional ao liderar as exportações brasileiras de gengibre (53% do total nacional), pimenta-do-reino (66%) e mamão (41%). Além disso, ultrapassou o Estado de São Paulo na comercialização do complexo cafeeiro, tornando-se o segundo maior exportador do país de café e seus derivados.
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