Bruno Funchal, que é doutor em Economia pela FGV e professor titular da Fucape Business School, assume o cargo responsável pela administração financeira do país em um momento crítico para as contas públicas: com o aumento de gastos ligados à pandemia e seus efeitos econômicos, a dívida pública corre o risco de sair do controle em mãos erradas. A seguir, falamos sobre as expectativas para o ex-secretário da fazenda capixaba e gestor fiscal “nota A” à frente das finanças do país. Clique aqui para receber conteúdos exclusivos e nos acompanhar nas redes sociais. 

O substituto para Mansueto que o mercado esperava

Em live promovida pela Apex Partners,  Funchal defendeu ainda reformas que possibilitassem uma retomada mais rápida da economia, e, inclusive, argumentou pela necessidade de atacar “despesas obrigatórias recorrentes a partir do corte de salários de servidores públicos”. Funchal é o nome que o mercado esperava após a saída de Mansueto, uma das peças mais importantes na política fiscal brasileira. A expectativa é de continuidade à gestão do atual secretário. Nesse sentido, em entrevista concedida ao Brazil Journal neste domingo, Mansueto deixou claro que a batalha pelo ajuste fiscal continua e o próximo secretário (ainda não anunciado na data) estaria alinhado com Guedes. “As pessoas vão perceber que nada vai mudar”, afirmou Almeida. Com Luan Sperandio, Editor-Chefe da Apex Partners e João Flávio Figueiredo, Editor-Chefe da Mundo Business. Confira a versão extendida desse artigo no site da Apex Partners.

Guedes decidiu: gestor fiscal “nota A”, Funchal será o segundo ex-secretário do ES no Tesouro Nacional

A trajetória de Funchal faz jus ao ‘job description’ de Secretário do Tesouro: sua atuação à frente da Secretaria da Fazenda do ES no governo Hartung foi exemplar em relação aos cuidados com as finanças públicas. O economista foi um dos responsáveis por manter o Espírito Santo como o único estado avaliado com ‘nota A’ no Tesouro Nacional com relação à capacidade de pagamento de dívida. Isso em um momento de crise econômica, em que nenhum outro estado conseguiu manter a pontuação máxima. Com corte de funcionalismo e controle de despesas, ele deixou R$ 300 milhões em caixa ao final do governo Hartung, e construiu um ambiente de sinalização positiva para investidores no contexto de retomada econômica. Mas Funchal não é o único ex-secretário capixaba a integrar os principais cargos do governo federal após o trabalho que resultou no destaque nacional das contas públicas do ES. Ele seguirá o mesmo caminho da economista Ana Paula Vescovi, que também foi secretária da Fazenda do ES no governo Hartung e posteriormente liderou a Secretaria do Tesouro no governo Temer. Quando assumiu a pasta, se tornou conhecida por ser “uma negociadora implacável” e distribuir “nãos” a governadores “gastões”, além de devolver credibilidade a um órgão manchado por contabilidades criativas no governo Dilma.

Mortes pela Covid-19 no ES

Desde o pico de mortes diárias por Covid-19 no ES, em 05 de junho, quando houve 53 mortes, o índice vem caindo e praticamente caiu pela mentade: foram 27 mortes registradas em 14 de junho.

Número de casos curados

O número de casos curados já supera a metade da quantidade de casos confirmados no ES. São 26,4 mil casos para 14,6 mil curados.

Casos ativos

O número de casos ativos confirmados de Covid-19 no ES é de 9.780. Esse número é obtido pela subtração de óbitos e curas do número de casos confirmados. Isso significa que temos mais pessoas curadas que pessoas portadoras do coronavírus no ES.