A advocacia mudou e, no Espírito Santo, já há um movimento para acompanhar essa transformação. Com escritórios operando cada vez mais como empresas, a OAB-ES acaba de lançar a ESA (Escola Superior da Advocacia) Business, uma escola voltada para preparar advogados para a nova era da profissão. O projeto, que era uma das principais propostas de Erica Neves, presidente eleita no último ano, abrirá espaço para temas como Inteligência Artificial e gestão estratégica na formação dos profissionais.
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“A tecnologia não substitui o advogado, mas quem souber utilizá-la sairá na frente no mercado”
O novo braço educacional da OAB-ES voltado para negócios, foi lançado nesta semana, com cursos voltados para temas como Inteligência Artificial, gestão de escritório, marketing jurídico, precificação de honorários, gestão de carreira e contabilidade, além de outros temas vinculados ao empreendedorismo.
A reformulação da Escola Superior de Advocacia e a criação de uma vertente ‘business’ era uma das principais propostas de Erica Neves, presidente eleita no último ano para o triênio de 2025 a 2027.
“A ESA Business assume um papel central nessa transformação, oferecendo aos advogados capixabas acesso a conhecimento atualizado e ferramentas para uma atuação mais estratégica e eficiente. É uma grande novidade e estou muito orgulhosa em saber que é em nossa gestão que a escola de negócios está nascendo”, afirma a presidente Érica Neves.
Uma das inovações que chegaram ao setor recentemente é o uso de avatares digitais, que podem reproduzir a imagem e a voz dos profissionais para divulgação de conteúdos e interação com clientes, mesmo quando o advogado está indisponível. Essa tecnologia, antes exclusiva de grandes empresas, agora começa a ser incorporada na advocacia como uma ferramenta estratégica de comunicação e posicionamento.
Segundo Hygoor Jorge, diretor da ESA Business, a advocacia já percebe que precisa incorporar o uso de IA para otimizar processos e ampliar oportunidades. Outro destaque entre os cursos é o de gestão baseada em dados.
“A tecnologia não substitui o advogado, mas quem souber utilizá-la sairá na frente no mercado. O que não pode ser medido, não pode ser controlado. E o que não pode ser controlado não pode ser gerido”, completa o diretor.
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