As máquinas recolhedoras de café que não estiverem de acordo com as normas de segurança do Ministério do Trabalho e Emprego serão lacradas e interditadas durante a colheita deste ano. Equipamentos adquiridos antes de 2024 ainda não contam com os ajustes exigidos para garantir a segurança dos operadores e, por isso, devem passar por adequações.
A fiscalização nas propriedades rurais será intensificada ao longo da safra, e a recomendação é que os produtores se antecipem na regularização de seus equipamentos, pois não haverá margem para irregularidades.
O alerta foi feito durante uma das reuniões do “Pacto do Trabalho Decente na Cafeicultura”, promovida pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Espírito Santo (SRTE-ES). O encontro reuniu produtores, sindicatos rurais, representantes dos trabalhadores e fabricantes de máquinas recolhedoras.
Entre as exigências para os novos modelos está a instalação de um botão de pânico, que permite o travamento imediato da máquina em caso de emergência. As máquinas mais antigas também precisam passar por esse processo de adequação, com a instalação do kit de segurança.
Outro ponto reforçado na reunião foi a importância da capacitação dos trabalhadores que vão operar as recolhedoras. O Senar-ES oferece o curso de Operação e Manutenção de Recolhedora de Café, no qual são ensinadas técnicas corretas de manuseio e cuidados com o equipamento.
O Sistema Faes/Senar-ES/Sindicatos Rurais destaca a importância de seguir as normas, evitando autuações e, principalmente, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro nas lavouras.
“É fundamental que os produtores rurais compreendam que a adequação técnica das recolhedoras de café é crucial para a preservação da vida e a continuidade da atividade cafeeira. O Senar-ES disponibiliza capacitações específicas voltadas à operação e à manutenção desses equipamentos, com ênfase no cumprimento das normas de segurança vigentes. A qualificação profissional de produtores e trabalhadores rurais é um fator determinante para uma cafeicultura mais segura, eficiente e sustentável”, destacou Fabrício Gobbo, superintendente adjunto do Senar-ES.