Segundo a PwC, a consolidação de empresas do agro deve ganhar tração em 2022, com tendência de concentração em muitas cadeias. Assim, necessariamente, para manter os negócios rodando e consolidar transações nesse mercado, haverá a necessidade de maior conexão com o mercado de capitais, o que leva a consultoria esperar um aumento no volume de fusões e aquisições (M&A em inglês) no setor. Os segmentos mais promissores são de insumos, fertilizantes, proteína animal e fruticultura. Acompanhe a Agro Business pelo WhatsApp!
Cenário é favorável para a penetração de serviços financeiros
Nos subsetores citados acima, há dois casos conhecidos, da Lavoro e da Eurochem com a Heringer. Contudo, o executivo e sócio da PwC Leonardo Dell’Oso indica cerca de mais 5 a 8 operações em andamento. Nesse contexto, segundo a consultoria, a restrição do crédito bancário, com o aumento da taxa básica em ascensão, a liquidez elevada dos fundos de investimento e a capitalização das empresas do setor criam ainda mais oportunidades para a penetração de serviços financeiros no agronegócio. Por outro lado, com o crescimento exponencial da tecnologia aplicada à realidade do campo, as agtechs devem aproveitar o momento propício para fusões e aquisições, além de criar solo fértil para o surgimento de novas startups.
Além do mercado, o cenário macro também é favorável
Com a demanda aquecida na retomada econômica global e os preços em ascensão, o ano de 2022 iniciou com o ciclo de alta das commodities a todo vapor. Nesse sentido, as empresas do agro vêm apresentando os resultados mais consistentes do mercado brasileiro, como destacamos anteriormente. Com isso, o Brasil está bem posicionado nesse movimento global, sendo um dos líderes globais nas exportações de produtos como carne, café e soja, que também seguem com a procura aquecida no mercado global. Nesse sentido, podemos esperar que 2022 seja um ano promissor para a penetração do mercado de capitais no agro.