Os pedidos de recuperação judicial no agronegócio, abrangendo produtores rurais (pessoas físicas e jurídicas) e empresas do setor, recuaram 40,7% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao segundo trimestre, segundo levantamento da Serasa Experian.

Queda nos pedidos reflete maior cautela financeira e recuperação gradual do setor

Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, destacou que a dinâmica do setor é intrinsecamente cíclica, marcada por períodos de expansão e retração, influenciados por fatores climáticos e oscilações de mercado. “Os dados indicam um cenário positivo para o terceiro trimestre, mas é importante lembrar que grandes mudanças econômicas não ocorrem em intervalos curtos. Adotar análises criteriosas para concessão de crédito ajuda a evitar financiamentos de alto risco, promovendo maior estabilidade financeira no setor”, afirmou. A redução foi mais expressiva entre os produtores rurais que atuam como pessoa física, com uma queda de 50,4% nos pedidos de recuperação judicial. O número de solicitações caiu de 214 no segundo trimestre para 106 no terceiro trimestre de 2024. Entre os produtores com perfil jurídico, a diminuição foi de 23,9%, com o número de pedidos reduzido de 121 para 92. Já as empresas do setor agropecuário registraram um recuo de 40,4%, passando de 94 pedidos no segundo trimestre para 56 no terceiro. O levantamento reflete uma maior cautela na gestão financeira do setor e no acesso a linhas de crédito, fatores que podem ter contribuído para a redução das solicitações de recuperação judicial.

Stefany Sampaio
Stefany Sampaio

Colunista

Stefany Sampaio revela o universo do agronegócio capixaba de Norte a Sul, destacando dados, histórias inspiradoras, produtores e os principais acontecimentos do setor.

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