Sem inteligência artifical, big data ou qualquer outra tecnologia ‘trending’ um grupo de sócios capixabas criou a Foozi – startup de gestão de compras de alimentos para restaurantes e hotéis. A proposta de valor é gerar uma economia significativa com compras coletivas e melhores cotações, em um momento em que a inflação de insumos come a margem de muitas empresas. Com uma carteira de 50 clientes no Espírito Santo, eles validaram o MVP (produto mínimo viável) e agora estão levantando R$ 2 milhões para investir em tecnologia e escalar. Entenda mais a seguir.

 

Startup já gere R$ 5 milhões em compras de 50 clientes

Na prática, a Foozi absorve toda a área de compras de estabelecimentos que servem alimentos. Eles cuidam desde a cotação até o fechamento e pós-venda. Eles decidiram apostar nesse nicho após enxergarem ineficiências que poderiam ser solucionadas com tecnologia e serviço especializado.

  • “Uma parte dos sócios que veio do varejo e viu que a área de compras não tinha uma solução clara no mercado. E, por isso, muitos restaurantes acabam comprando ingredientes mais caros e com pouca eficiência”, afirma Rodrigo Lomeu, sócio da startup.
Eles prometem uma economia na casa dos 7% a 10%, mas que pode chegar a 20% do boleto de ingredientes. O segredo é negociar compras conjuntas com preços melhores, além de fazer um número maior de cotações com fornecedores. “Tanto os compradores quanto os fornecedores se beneficiam”, avalia o sócio. Hoje, a startup faz a gestão de R$ 5 milhões em compras em cerca de 50 restaurantes capixabas. A Foozi validou seu serviço com tecnologias básicas e agora está com uma captação aberta para levantar R$ 2 milhões. Os sócios querem investir em uma plataforma para escalar, atendendo mais clientes sem aumentar o pessoal. Os recursos serão destinados principalmente para desenvolvimento tecnológico (70%), seguido por operações (20%) e marketing e comercial (10%). No futuro, a Foozi quer ser um canal direto entre a indústria e os restaurantes para tornar os preços ainda mais competitivos. Também, quer agregar serviços financeiros, como crédito e antecipação. Mas, até lá, tem um longo caminho a percorrer. “Em dois anos, queremos chegar a uma carteira de 240 restaurantes, uma movimentação de R$ 100 milhões. Estamos negociando contratos com grandes grupos de restaurantes no Espírito Santo e Rio de Janeiro que vai nos trazer um grande volume de compras em pouco tempo”, completa Lomeu.