Faltando poucos meses para completar 100 anos, a Suzano obteve o melhor resultado anual da história, com geração de caixa expressivo de R$ 22,6 bilhões. A receita líquida cresceu 22%, chegando a R$ 49,8 bilhões, e o resultado operacional (Ebitda ajustado) avançou 20%, para R$ 28,2 bilhões, já o lucro líquido chegou a R$ 23,4 bilhões, uma alta de 171%. A companhia, que é a maior fabricante global de celulose e uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, tem uma história de longa data no Espírito Santo, com plantas industriais em Aracruz e Cachoeiro de Itapemirim. Apesar da Suzano ter uma atuação a nível mundial, todos esses números positivos impactam positivamente a economia capixaba. Confira mais resultados e investimentos realizados em 2022. Acompanhe Agro Business no Instagram e no Youtube
Suzano tem o melhor ano da história
Em 2022, a Suzano comercializou 10,6 milhões de toneladas de celulose e 1,3 milhão de toneladas de papéis. Marcelo Bacci, CFO da Suzano, ressaltou no comunicado ao mercado que a venda de celulose teve um volume de vendas consistente atingindo 2,8 milhões de toneladas no trimestre, um volume em linha com o trimestre anterior. “As vendas de papel encerraram o trimestre somando 338 mil toneladas vendidas, resultado também em linha no último trimestre, quando vendeu 331 mil toneladas. No ano, a companhia alcançou o patamar de 1,3 milhão de toneladas em volume vendido, ou seja, mais um recorde da Suzano”, explicou. Já o custo de produção de celulose apresentou patamares elevados principalmente em função da forte pressão dos preços das commodities ao longo do ano. No quarto trimestre, o EBITDA ajustado atingiu R$ 8,2 bilhões, cerca de 5% inferior ao trimestre anterior. Mesmo assim, a companhia apresentou sólido resultado no ano, atingindo R$ 28,2 bilhões– sendo este o maior resultado da história da Suzano. Se contar a forte atuação da Suzano no Espírito Santo, podemos esperar mais investimentos e prosperidade para os próximos anos. No ano passado, a companhia obteve aprovação de incentivo fiscal para a instalação da segunda fábrica de papel Tissue e conversão em papel higiênico e papel toalha no estado. A primeira funciona em Cachoeiro de Itapemirim, já a segunda está programada para ficar em Aracruz, região norte capixaba. Para colocar de pé essa iniciativa, foi realizado um investimento de R$ 600 milhões. A meta é dobrar a capacidade de produção, chegando a 60 mil toneladas de papéis sanitários por ano. No começo de outubro do ano passado, ela também recebeu a aprovação de dois financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para realizar operações que somam R$ 2,31 bilhões. Desta forma, a Suzano deve ampliar o cultivo de eucalipto em sete estados e modernizar sete fábricas da empresa. Só no Espírito Santo, os investimentos serão de R$ 238 milhões, sendo R$ 110 milhões para projetos industriais e R$ 128 milhões para projetos florestais. Os projetos pretendem aumentar a produtividade e competitividade das unidades fabris, inclusive da fábrica de Aracruz.
Unidade da Suzano em Aracruz passou pela maior intervenção dos últimos 10 anos
O investimento foi de R$ 250 milhões e envolveu o retrofit da Caldeira de Recuperação B e o Overhaul do Forno de Cal da Linha B. A Linha B corresponde à segunda das três fábricas em operação. De acordo com Fabrício José da Silva, gerente executivo industrial da Suzano em Aracruz, a intervenção na Caldeira de Recuperação B é a maior desde a sua inauguração, em 1989. “Incrementa em 8% a capacidade de produção do equipamento, que passa de 3.700 para 4000 de toneladas de sólido de celulose por dia. Além da melhoria de performance, a modernização é focada em segurança e ampliação da vida útil dos equipamentos. No Forno de Cal da Linha B, o objetivo também foi aprimorar a eficiência e a confiabilidade do equipamento. As obras foram finalizadas no mês de dezembro passado e colocam a unidade capixaba em patamar operacional semelhante ao das demais fábricas do grupo”, explicou Fabrício. A modernização realizada na Unidade Aracruz da Suzano envolveu o trabalho de 1.250 pessoas, priorizando a contratação de mão de obra local, além de ter contribuído para aquecer serviços da região, como transporte, alimentação e hospedagem.Suzano eleva investimentos para R$ 18,5 bi
A geração de caixa registrou resultado líquido muito positivo de R$ 23,4 bilhões. Após investir R$ 32,6 bilhões entre 2019 e 2022, dos quais R$ 16,3 bilhões apenas no ano passado, a companhia planeja desembolsar mais R$ 18,5 bilhões em 2023. Cerca de R$ 6,3 bilhões serão destinados à manutenção industrial e florestal e R$ 8,9 bilhões de investimentos no Projeto Cerrado, dentre outras iniciativas
A nova fábrica de celulose em construção em Mato Grosso do Sul reúne mais de oito mil pessoas na etapa de obras, número que pode chegar a 10 mil durante o ano.
Entre outras iniciativas, a companhia concluiu a construção de um terminal portuário no Maranhão, avançou em projetos de modernização nas fábricas de Aracruz/ES e Jacareí/SP e investiu no desenvolvimento de sua base florestal.