A Ortiga, uma vaca da raça girolando meio sangue, entrou para a história da pecuária leiteira. Aos 13 anos, ela recebeu o título de maior produtora de leite do Brasil em sua categoria, concedido pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Criada pelo Laticínios Fiore, em Santa Teresa, região serrana do Espírito Santo, Ortiga já produziu mais de 150 mil litros de leite ao longo da vida.
Ela nasceu do cruzamento de um touro Gir com uma Holandesa
O diretor-presidente da Fiore, Marcos Corteletti, que detém 60% da posse da vaca, celebrou a conquista com emoção. “Eu nunca imaginei que, aqui no cantinho do Espírito Santo, trabalhando com tanta dedicação, receberíamos uma notícia tão boa. Ortiga agora é a vaca nacional recordista de produção de leite em sua categoria. É um orgulho imenso para todos nós”, declarou. Ortiga é fruto do cruzamento de um touro da raça Gir com uma vaca Holandesa, combinação que une alta produtividade. Além disso, seu material genético é utilizado na reprodução de outros animais. “Com as tecnologias de hoje, podemos produzir embriões e multiplicar a genética de vacas superiores como a Ortiga. Isso acelera o progresso genético e permite que a produção leiteira evolua ainda mais rápido”, explicou Marcos. Ele revelou ainda que a meta agora é alcançar a marca de 200 mil litros de leite. “Estamos persistentes. Ortiga já nos deu mais de 150 mil litros, o equivalente a 15 caminhões de 10 mil litros. Mas acreditamos que podemos ir ainda mais longe”, acrescentou. O Laticínios Fiore tem uma longa trajetória de pioneirismo. Fundada em 1972 por Florentino Nicolau Corteletti, o “Seu Florentino”, a empresa nasceu com o desejo de produzir um leite puro. Foi ele quem, em 1982, começou a investir em tecnologias inovadoras para a época, como estábulos tipo free stall, ordenha mecânica e armazenamento refrigerado. Além de recordes, a Fiore também se destaca pela produção de leite A2A2, conhecido pela alta digestibilidade e pureza, sendo a primeira empresa a oferecer esse tipo de leite no Espírito Santo. Sempre focada na qualidade, a fazenda continua investindo em tecnologias como a transferência de embriões para multiplicar os melhores animais e impulsionar a pecuária leiteira.