Criada por Wellington Villaschi, a capixaba Villoni Alimentos iniciou sua produção com massas frescas totalmente artesanais. Hoje, a empresa familiar produz 2 mil toneladas de alimentos por mês está na sua segunda geração, sendo liderada pelos filhos Tom Villaschi (diretor geral), Ana Paula Villaschi (diretora de Marketing) e Ana Cláudia Villaschi (diretora de Infraestrutura). Em 2021, a empresa completa 50 anos, sendo responsável por metade do mercado de massas e biscoitos do Espírito Santo. A seguir, confira os principais pontos da trajetória da Villoni no estado.

Segunda geração dá seguimento aos projetos do fundador

Em 2006, Wellington Villaschi adoeceu, vindo a falecer em novembro de 2014. “Ele nunca deixou de trabalhar, nem mesmo debilitado. Estava sempre ali, presente até o último momento”, afirma a filha Ana Cláudia, que responde pela área de infraestrutura da empresa. A partir de então, os filhos deram continuidade ao legado. Colocaram em prática os projetos idealizados pelo pai e novas linhas de produção foram prospectadas e implantadas. “Antes de falecer, papai comprou uma máquina nova para fabricação de biscoitos. Então, tivemos um grande desafio de trazer a linha, importar e executar toda essa obra sem ele. Hoje olhamos para trás e agradecemos muito por esse ímpeto empreendedor do meu pai. Esse investimento foi um divisor de águas na empresa”, agradece Tom. Mesmo já trabalhando na fábrica enquanto o pai ainda era vivo, estar à frente da empresa exigiu grande responsabilidade dos irmãos. “Somos três fazendo o que uma só pessoa fazia, e de forma muito orgânica, pois foi quem começou tudo do zero. Nunca seremos o que o fundador era, mas hoje cada um representa muito bem o seu papel”, avalia Ana Paula.

Conheça a trajetória da Villoni no Espírito Santo

Wellington Villaschi era formado em Economia pela Ufes. Na época, já casado com Ruth, professora de ensino fundamental, ele trabalhava no Bandes quando recebeu o convite para entrar em sociedade em uma indústria de massas frescas. “Nesse momento, meu pai viu uma oportunidade e resolveu se aventurar. Tudo começou em Cariacica. Uma das marcas dessa empresa era a Apollo, que até hoje pertence ao grupo Villoni Alimentos. É o macarrão que unitariamente mais vende no Espírito Santo, um fenômeno de vendas”, afirma Tom Villaschi, filho de Wellington e diretor geral da Villoni. Ainda na década de 70, sentiram a necessidade de aumentar a área física e compraram um galpão que era uma fábrica de guaraná desativada, e montaram a Villoni Alimentos, onde hoje está a sede da Prefeitura de Viana. No início da década de 80, Wellington comprou uma parte da área rural do pai, e construiu a Villoni Alimentos, onde é hoje. Na virada da década de 90, compraram a Alcobaça, uma indústria maior e que já produzia biscoitos. Até que a sociedade acabou. Wellington ficou com a Villoni Alimentos e o sócio com a outra empresa. “Na época a Villoni só produzia massas, e o mercado local tinha outras marcas que produziam massas e biscoitos. “Então, meu pai decidiu investir também em biscoitos e foi muito bem-sucedido, o mercado reconheceu a qualidade. Ele passou a concorrer com indústrias maiores, de São Paulo e Minas, que também abriram espaço aqui no estado”, relata Tom.