Game of Thrones

Game of Thrones: Kingsroad decepciona com sistema agressivo de microtransações

Game of Thrones: Kingsroad promete imersão no universo da série, mas decepciona com sistema gacha e microtransações invasivas que afetam a experiência.

Game of Thrones: Kingsroad promete imersão no universo da série, mas decepciona com sistema gacha e microtransações invasivas que afetam a experiência.
  • RPG de Game of Thrones entrega fiel atmosfera da série, mas exagera nas microtransações
  • Sistema gacha prejudica a experiência de mundo aberto
  • Combate limitado prioriza estatísticas sobre habilidade
  • Acesso antecipado pago inclui mecânicas comuns a jogos free-to-play

Game of Thrones: Kingsroad tinha tudo para ser o grande RPG de mundo aberto baseado no universo criado por George R.R. Martin, mas falha ao adotar um sistema de microtransações invasivo. Após dezenas de horas, a monetização agressiva do estilo gacha aparece claramente, frustrando muitos jogadores que esperavam uma experiência imersiva e justa.

Atmosfera envolvente, mas com limitações

Inicialmente, Kingsroad surpreende positivamente com uma ambientação detalhada e fiel ao universo da série da HBO. A possibilidade de explorar livremente Westeros e visitar lugares icônicos como Winterfell e Porto Real cria uma experiência promissora. O jogo captura bem o tom dos diálogos e a atmosfera sombria do mundo de Game of Thrones, mesmo com pequenas inconsistências.

No entanto, a necessidade constante de inimigos variados para sustentar a progressão gacha acaba introduzindo elementos destoantes da franquia. Lutando contra criaturas pouco convencionais, como grifos, galos de batalha e dragões fora de contexto, o jogo perde a autenticidade da série.

Combate e progressão limitados por estatísticas

Kingsroad apresenta um sistema de combate simples, onde a progressão depende mais das estatísticas do que da habilidade do jogador. Ataques e esquivas são básicos, enquanto elementos como pontos de vida e defesa ditam o sucesso nas batalhas. Essa abordagem facilita a inserção das microtransações, já que a necessidade de melhorar equipamentos e níveis se torna essencial para avançar.

Sistema gacha agressivo

Apesar da aparência inicial amigável, Kingsroad revela lentamente suas mecânicas de monetização. Após cerca de 15 horas, recursos essenciais como RP e Momentum tornam-se escassos, exigindo compras adicionais com diversas moedas virtuais. Com mais de dez tipos diferentes de moedas, o sistema claramente força o jogador a investir dinheiro real para continuar progredindo.

Game of Thrones: Kingsroad promete imersão no universo da série, mas decepciona com sistema gacha e microtransações invasivas que afetam a experiência.

Estratégia questionável de acesso antecipado

Outro ponto controverso é a cobrança pelo acesso antecipado. Apesar da estrutura de monetização típica de jogos gratuitos, a versão inicial custa R$ 109,99. Essa estratégia tem gerado críticas, especialmente diante da concorrência gratuita no mercado. A decisão pode afastar potenciais jogadores, que esperam uma experiência mais justa pelo preço pago.

História envolvente prejudicada pela monetização

A narrativa e a ambientação são pontos fortes, mas acabam prejudicadas pela constante presença das microtransações. Menus repletos de recompensas artificiais e sistemas fragmentados claramente buscam incentivar o gasto de dinheiro real, afetando negativamente a experiência geral.

Kingsroad pode ter seu público específico, especialmente fãs dedicados de Game of Thrones dispostos a tolerar a monetização agressiva. Contudo, para jogadores que buscam uma experiência mais equilibrada e justa, o título pode não ser a melhor escolha.

Rômulo Justen
Rômulo Justen

Editor de Games

Jornalista que compila código e combos: troca bugs por chefões desde o Atari 2600. Agora farma XP em action‑RPGs com o filho Noah, sem perder o buff do café.

Jornalista que compila código e combos: troca bugs por chefões desde o Atari 2600. Agora farma XP em action‑RPGs com o filho Noah, sem perder o buff do café.