Minecraft: adolescente é condenado a 5 anos de prisão
Adolescente russo foi acusado de conspirar para explodir representação virtual de prédio do governo e treinamento terrorista
Nikita Uvarov, Denis Mikhailenko e Bogdan Andreyev, de Kansk, na Sibéria, foram presos em junho de 2020, quando tinham apenas 14 anos. Conforme o Moscow Times, o trio foi preso por pendurar panfletos no prédio real do Serviço Federal de Segurança (FSB) que chamava a agência de “terrorista” e elogiava um matemático anarquista preso por seis anos por “vandalismo”.
Os jovens foram condenados a 5 anos de prisão por “Treinamento Terrorista”. Isso, porque estavam tetando destruir uma recriação virtual de um prédio do governo em um servidor de Minecraft.
O prédio em questão era o da FSB (Serviço Federal de Segurança, agência russa que sucedeu a KGB), recriado no jogo pelos jogadores.
Os três foram acusados de realizar treinamento visando realizar atividades terroristas, uma violação do código penal da Federação Russa Artigo 205.3. Mikhailenko e Andreyev se declararam culpados das acusações sendo colocados em prisão domiciliar. Uvarov negou sua culpa, sendo colocado em um centro de detenção pré-julgamento, onde afirma ter sido submetido a pressão mental e física para confessar.
O FSB vasculhou os telefones dos adolescentes e encontrou vídeos deles fazendo pirotecnia e supostamente jogando coquetéis molotov em uma parede. Também havia evidências de um plano para explodir uma representação virtual do prédio do FSB que eles criaram no Minecraft.
O 1.º Tribunal Militar Oriental na região de Krasnoyarsk, na Sibéria, considerou todos os meninos culpados na semana passada. Mikhailenko e Andreyev receberam penas suspensas de três e quatro anos, respectivamente, porque cooperaram com os investigadores. Uvarov, considerado culpado de porte ilegal de armas e passagem por treinamento para implementação de um ato terrorista, foi condenado a cinco anos em uma colônia penal.
Uvarov disse anteriormente que cumpriria qualquer pena de prisão “com a consciência limpa e com dignidade”, acrescentando que “pela última vez neste tribunal quero dizer: não sou um terrorista”.
Fonte: Techspot