Review: Jujutsu Kaisen: Cursed Clash poderia ser mais original
O jogo de luta em arena 3D com mecânicas de tag team é familiar, mas deixa a desejar em criatividade e equilíbrio.
Lançado no dia primeiro de fevereiro, JUJUTSU KAISEN: Cursed Clash é mais um dos jogos de luta baseado em anime lançados pela Bandai Namco, que possui a maior parte do catálogo dos melhores e mais clássicos mangás e animes para serem adaptados para nós, meros mortais, podermos ter um gostinho de como é se passar por esses heróis (ou não) dos quadrinhos japoneses.
E JUJUTSU KAISEN: Cursed Clash não foge a regra, trazendo uma fórmula que começamos a ver nos primeiros Dragon Ball Z: Tenkaichi Budokai (que por sua vez foi originada no clássico Power Stone de Dreamcast), com lutas em um campo aberto, com muita movimentação, uso de poderes, golpes rápidos, bloqueios e desvios.
MALDIÇÕES PARA TODOS OS LADOS
JUJUTSU KAISEN é um anime que apresenta uma história no estilo shonen (tramas de ação e muitas vezes humorísticas com protagonistas masculinos) com muita ação e o uso do sobrenatural. O problema é: os poderes dos personagens são maldições e estas maldições são bem complexas, muito mais do que em outros mangás do gênero.
Traduzir isto para um jogo de luta "mais simples" acredito que tenha sido um desafio e tanto por conta desta complexidade apresentada no mangá e no anime. O jogo é rápido (muito rápido) e como são batalhas em duplas, muitas vezes você não sabe nem o que te acertou, tendo que ficar de olho para entender o que cada personagem está utilizando e usando seu próprio parceiro(a) para te socorrer.
Jogando isso no PC (detalhe do hardware no final da matéria), não sofri nenhum problema de desempenho, além de um pequeno atraso ao entrar em uma partida online. Mas os efeitos de partículas e auras foram bons para adicionar um pouco mais de impacto aos ataques que utilizam especificamente energia amaldiçoada. Os jogadores podem acionar a expansão do domínio dos personagens uma vez que acumulam energia amaldiçoada suficiente executando combos consecutivos contra seu oponente. Eu elogio o nível de detalhe que vai para recriar muitos movimentos icônicos do anime. No calor da batalha, as partidas prenderam minha atenção.
GRÁFICOS AMALDIÇOADOS
Vou ser sincero: os menus do jogo poderiam ser melhores. Acho que por uma questão de tempo, colocaram os menus um pouco simples para um jogo de um anime tão bonito e complexo. Porém, menu é menu, jogo é jogo.
No jogo os gráficos são considerados dentro do padrão da Bandai Namco, com personagens bem animados e também com seus poderes sendo bem executados.
Os efeitos de partículas e auras foram bons para adicionar um pouco mais de impacto aos ataques que utilizam especificamente energia amaldiçoada. Os jogadores podem acionar a expansão do domínio dos personagens uma vez que acumulam energia amaldiçoada suficiente executando combos consecutivos contra seu oponente. Eu elogio o nível de detalhe que vai para recriar muitos movimentos icônicos do anime. No calor da batalha, as partidas prenderam minha atenção.
DESVIANDO DE MALDIÇÕES
Durante o jogo, podemos realizar bloqueios ou passos laterais para evitar ataques e golpes de corrida para fechar a distância ou executar golpes pesados usando energia amaldiçoada. Provavelmente, meu maior elogio é como cada personagem tem um estilo de luta distinto, com ninguém se sentindo como clones uns dos outros. Gojo usa suas técnicas de maldição azul e vermelha para atrair inimigos ou atirar neles à distância, respectivamente. Megumi invoca shikigami para aumentar seus ataques, e Todo pode usar sua técnica de aplauso para trocar de lugar com outras pessoas no campo. Depois que você explora totalmente suas opções, é impressionante, embora um pouco desequilibrado.
Os menus do jogo mereciam um pouco mais de atenção
Neste ponto, acho que o jogo poderia ter uma cadência um pouco mais lenta. Como os poderes são complexos, o jogo poderia ser mais estratégico, se diferenciando assim dos Dragon Balls e Narutos, com mais tempo para podermos reagir a cada maldição lançada pelos adversários.
Outro ponto que eu vou xingar muito no Twitter é a câmera ser fixa. Isso leva alguns momentos bem desagradáveis, com por vezes a câmera pulando de maneira descontrolada por conta da movimentação dos personagens. Um jogo como esse poderia ter a opção de travarmos a mira, como fazemos na maioria dos jogos, ou simplesmente deixar solta.
VEREDITO
JUJUTSU KAISEN: Cursed Clash tem alguns problemas e isso pode se notar facilmente. O jogo também tem uma curva de aprendizado que pode ser um pouco lenta, o que pode afastar algumas pessoas que querem uma ação mais rápida. JUJUTSU KAISEN é um dos melhores mangás e animes da atualidade e merecia um jogo um pouco mais polido ou até mesmo de outro gênero. Consigo vê-lo facilmente como um título parecido com um RPG. Espero que a Bandai Namco não desista do título.
Nota: 7/10
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