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Ciladas digitais para crianças: veja como ensinar a se protegerem

95% de crianças e adolescentes usam internet e jogos online no Brasil; especialista aponta quatro dicas para incentivar e ensinar uma navegação mais segura nas redes

Rômulo Justen

Redação Folha Vitória

A maioria das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos, hoje, já acessam a internet e jogos online. No Brasil, são 95% delas, segundo o estudo TIC Kids Online

Foto: Reprodução/Freepik

Ainda que os jovens estejam um pouco mais conscientes dos perigos online sobre golpes, cyberbullying e exposição a conteúdos inapropriados — 87% estão discutindo com seus familiares sobre o tema, de acordo com Pesquisa Anual Global da Microsoft — muitos pais não estão incentivando esse diálogo ativamente. 

Dessa forma, diversas crianças podem estar indefesas frente a esse cenário.

"Ensinar crianças e adolescentes sobre segurança online é importante para capacitá-los a navegar de forma responsável e prudente na internet. Ao fornecer-lhes as habilidades e os conhecimentos necessários para proteger sua privacidade, identificar riscos e comportar-se de maneira ética, estamos ajudando a construir uma geração de usuários digitais conscientes”, comenta Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play, escola de programação e robótica para jovens de 7 a 17 anos.

Pensando nisso, o especialista aponta orientações para os pais ajudarem seus filhos a navegarem seguros na web e jogarem online sem riscos. Confira:

Conscientizar sobre os riscos

É preciso começar a educação sobre segurança com uma conversa aberta sobre os vários perigos que eles podem enfrentar na internet, como cyberbullying, fraudes, divulgação de informações pessoais, pessoas tóxicas em jogos online e exposição a conteúdos inadequados. 

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Essa conscientização é o ponto de partida para os jovens entenderem os perigos e saibam identificá-los para agir e se protegerem durante a navegação e jogatina.

Falar de privacidade

Preservar a privacidade é essencial para uma navegação prudente. Isso envolve instruí-los sobre como ajustar adequadamente as configurações de privacidade nas redes sociais e nos jogos online, evitar divulgar dados pessoais sensíveis, evitar divulgação de fotos para desconhecidos e identificar tentativas de phishing, entre outras fraudes. 

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Explicar as consequências, como a utilização indevida dessas informações, facilita entender os motivos do cuidado.

Gerenciar senhas e segurança de contas

Os adolescentes e as crianças precisam receber orientação e acompanhamento na hora de criar senhas robustas e exclusivas para suas contas online, sejam em sites, seja em jogos. 

Isso implica também em adotar a autenticação em duas etapas sempre que viável, e ensinar sobre como identificar e denunciar atividades suspeitas

Não existe uma idade “certa” para deixar as crianças terem contas nos sites, jogos e plataformas que desejam, mas o ideal é que um responsável tenha acesso e controle. A melhor solução não é proibir, e sim monitorar.

Ter um diálogo aberto e contínuo

Por último, é crucial manter uma comunicação franca e regular com os jovens sobre segurança na internet. 

Vale criar um espaço de acolhimento, se mostrar disponível para oferecer orientação e incentivá-los a compartilhar com os responsáveis as suas experiências, dúvidas e preocupações.

“Pais, educadores e outros adultos de confiança desempenham um papel vital ao fornecer orientação e suporte aos jovens durante sua jornada no mundo digital, que tem muitos lados positivos a oferecer”, finaliza o diretor da Ctrl+Play.

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