Review | Diablo 4 Vessel of Hatred: que o ódio consuma você
Quando Diablo IV se torna mais próximo de Diablo 2
Quando joguei Diablo 4 pela primeira vez no ano passado, eu já estava impressionado com a profundidade e a qualidade do jogo desde o lançamento. Mas havia uma pergunta no ar: a Blizzard conseguiria manter o mesmo nível ao longo das temporadas? Agora, com a chegada de Vessel of Hatred, posso dizer que sim – o ódio que alimenta o jogo só deixou a experiência mais intensa e viciante.
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O Chamado do Natispírito
A grande estrela de Vessel of Hatred é a nova classe, o Natispírito, que traz uma flexibilidade e um poder que são difíceis de descrever. Jogar como Natispírito é uma experiência completamente diferente.
Para quem, como eu, gosta de explorar todos os estilos possíveis, o Natispírito é um prato cheio. Essa classe permite que você se conecte aos guardiões espirituais de Nahantu – Wumba (o Gorila), Balazan (a Centopeia), Kwatli (a Águia) e Rezoka (o Jaguar) – e cada um deles oferece habilidades únicas.
Sinto que é possível criar um personagem totalmente novo a cada combinação, e o sistema ainda incentiva isso, o que faz da experiência algo caótico e divertido.
Com os novos aspectos lendários e exclusivos, você pode misturar habilidades e criar combinações únicas. Cada vez que volto para o jogo, acabo gastando horas experimentando formas diferentes de encarar as hordas infernais, deixando até meu velho Druida de lado!
Explorando Nahantu: Uma Aventura na Selva
Após o fim da história principal de Diablo 4, o novo conteúdo começa exatamente onde paramos. O enredo nos leva a Nahantu, uma nova região que expande o mapa do jogo para o sul, com biomas inspirados nas florestas densas de Kurast e no deserto de Teganze.
Eu adorei explorar esse novo mundo, com novas cidades, fortalezas, e missões secundárias – são 35 novas! –, que trazem recompensas únicas. Nahantu ainda é um lugar cheio de segredos. A busca por Neyrelle e a luta contra Mephisto são envolventes, mas alguns trechos do enredo principal deixam a desejar.
Em certos momentos, parece que a história apenas me levava de um ponto ao outro, lutando contra chefes não tão interessantes e aguardando que o clímax realmente acontecesse.
Quando isso finalmente acontece, é tudo bem rápido e deixa um gosto de “quero mais”, com o próximo gancho claramente preparado para a próxima expansão.
Os gráficos da expansão estão ainda melhores. Os novos biomas são lindos, com gráficos das paisagens e dos novos inimigos extremamente bem-feitos e detalhados.
Mercenários para Enfrentar o Inferno ao Meu Lado
O que realmente me surpreendeu em Vessel of Hatred foi a chegada dos Mercenários. Dessa vez, a Blizzard trouxe companheiros bem mais profundos e com suas próprias histórias e habilidades.
Há quatro opções: Raheir (o Quebrador de Escudos), Varyana (a Berserker Crone), Subo (o Caçador de Recompensas), e Aldkin (a Criança Amaldiçoada). Não são apenas personagens “extras” na tela – eles fazem realmente a diferença na jornada, tanto no combate quanto no que trazem em termos de companhia.
E se você preferir ir sozinho? Tranquilo, os Mercenários são totalmente opcionais e configuráveis. A liberdade que a Blizzard nos deu aqui, para personalizar a experiência, é algo que eu valorizo muito.
E quanto a história, todos tem quests para serem desbloqueados e uma delas a de Varyana é uma das melhores dos jogos, sendo bem violenta, caótica e com aquele jeito Diablo de ser.
Novas Atividades e o Retorno das Palavras Rúnicas
Além do novo conteúdo de história, Vessel of Hatred oferece uma série de atividades para aqueles que, como eu, adoram explorar tudo o que o jogo oferece. A nova Cidadela Negra, por exemplo, é como uma raid, onde você e sua equipe (de até quatro jogadores) enfrentam quebra-cabeças, desafios e chefões únicos.
E para os momentos em que prefiro jogar solo, a Cidade Subterrânea de Kurast oferece um modo cronometrado que me obriga a derrotar demônios rapidamente para preencher o medidor de recompensas. Cada sessão é intensa e viciante e dá vontade de repetir sem parar. É um quase roguelike dentro de Diablo IV.
Ah, e as Palavras Rúnicas estão de volta! Para quem jogou os clássicos da série, como eu, sabe o quanto isso é nostálgico. As runas vêm em dois tipos – Ritual e Invocação – e podem ser combinadas para criar habilidades e bônus que fazem toda a diferença no campo de batalha. Há algo extremamente satisfatório em montar o equipamento perfeito e ver essas combinações em ação.
As runas podem ser difíceis de se conseguir, mas ao fazer, grandes recompensas pagam todo o trabalho que tive para achá-las.
Revisão na Progressão e na Personalização de Dificuldade
A Blizzard também fez mudanças na progressão. Agora, o nível máximo do personagem é 60, com o sistema Paragon chegando ao nível 300. Esse ajuste faz com que o jogo flua melhor, permitindo que você experimente o conteúdo de endgame mais rapidamente.
Eu curti bastante essa mudança, pois torna o progresso mais direto e recompensador. Com novas habilidades e novos níveis de dificuldade mais ajustáveis, sinto que tenho mais controle sobre minha jornada em Diablo 4.
Outro ponto importante: agora vários pontos do jogo temos como mudar a dificuldade, e não só em Kyovashad. Isso deixa o game ainda mais dinâmico.
VEREDITO
Desde o lançamento, Diablo 4 tem evoluído, e Vessel of Hatred marca o ponto alto dessa jornada (até agora). Mesmo com algumas falhas no enredo (e com o problema no lançamento da expansão), que poderiam ser mais envolventes, a expansão entrega exatamente o que os fãs queriam: um mundo mais denso, sistemas de gameplay que cativam e personagens novos que enriquecem o universo. O Natispírito, com sua versatilidade, se destaca como uma das melhores adições ao jogo (já virou minha classe favorita).
Para veteranos, o retorno das Palavras Rúnicas traz de volta a magia do passado. E para quem está chegando agora, Diablo 4 se mostra ainda mais amigável e instigante, pronto para prender jogadores antigos e novos por horas a fio.
NOTA: 10/10
Review feito na versão PC