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Review | Indiana Jones e o Grande Círculo

Uma experiência que, quando está em seu auge, é uma celebração da essência do arqueólogo mais famoso do cinema.

Rômulo Justen

Redação Folha Vitória

Indiana Jones e o Grande Círculo, da MachineGames, traz uma experiência que, quando está em seu auge, é uma celebração da essência do arqueólogo mais famoso do cinema.

Foto: MachineGames/Divulgação

Em seus melhores momentos, o jogo entrega cenas de ação que podem tirar uma lágrima até do mais durão, com uma narrativa repleta de aventura e personagens carismáticos. No entanto, esses elementos são muitas vezes ofuscados por um design de mundo aberto que, em vez de ampliar a experiência, dilui a intensidade da jornada.

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A história se passa em 1937, entre os eventos de Os Caçadores da Arca Perdida e A Última Cruzada, com Indiana Jones enfrentando nazistas e desvendando mistérios históricos em busca do poder antigo do Grande Círculo. 

O enredo é repleto de momentos clássicos, incluindo tumbas traiçoeiras, artefatos antigos e, claro, pancadarias contra vilões caricatos. Troy Baker encarna Indy com charme e humor, enquanto Gina Lombardi, uma jornalista italiana, adiciona dinâmica e tensão romântica à narrativa.

O acerto e os problemas do "Mundo Aberto"

O maior problema de The Great Circle está em sua tentativa de expandir a fórmula linear de aventuras clássicas com segmentos de mundo aberto. Em locais como a Cidade do Vaticano e Gizé, o jogo apresenta mapas amplos recheados de atividades paralelas, mas a maioria delas é repetitiva e sem profundidade.

Foto: MachineGames/Divulgação

Enquanto jogos como Uncharted demonstraram como adaptar a fórmula de Indiana Jones com equilíbrio e intensidade, The Great Circle perde seu ritmo ao priorizar quantidade em detrimento de qualidade. As atividades secundárias não apenas distraem, mas também expõem fraquezas no design de puzzles e combates.

O que brilha na aventura

Apesar das falhas, o jogo acerta em recriar a sensação de estar em um filme de Indiana Jones. A sequência inicial, com a recriação da icônica cena da bola de pedra de Os Caçadores da Arca Perdida, é um dos pontos altos. Outras cenas, como um emocionante set-piece em Xangai, rivalizam com os momentos mais memoráveis de franquias como Uncharted.

Foto: MachineGames/Divulgação

Quando se concentra na narrativa principal, o jogo é um deleite. Há explosões de criatividade no design das fases lineares, com uma mistura de exploração, furtividade e resolução de quebra-cabeças que evoca o melhor do gênero de ação e aventura.

Veredito

Indiana Jones e o Grande Círculo é uma experiência fantástica, mas seu potencial está constantemente em conflito com suas escolhas de design. Para os fãs de Indiana Jones, há muito a ser aproveitado na narrativa principal e nos momentos de ação cinematográficos. 

Foto: MachineGames/Divulgação

No entanto, o excesso de conteúdo superficial e a falta de inovação nos quebra-cabeças podem afastar jogadores que buscam algo mais conciso e impactante.

Se você conseguir ignorar as distrações do mundo aberto e se concentrar apenas na história principal, O Grande Círculo oferece uma aventura digna de seu protagonista lendário.

Nota: 9/10

Review feito na versão PC do jogo