Aqui no /Games somos muito fãs de Overwatch, o game que começou como uma brincadeira entre funcionários na Blizzard e ganhou o mundo em 2016 rapidamente se tornou um fenômeno de público e crítica. Tivemos a oportunidade de jogar antecipadamente por alguns dias e conhecer os detalhes do que estão preparando para nós em Overwatch 2, que deve substituir o jogo original a partir do dia 04 de outubro, pouco mais de 6 anos depois do lançamento da primeira versão do game e dessa vez o game passa a ser gratuito para jogar! e quem havia comprado a primeira versão vai ganhar um passe com conteúdo extra na nova versão.
Veja o trailer de lançamento:
Eu joguei o Overwatch original desde o lançamento e por quase 5 anos, tendo acumulado mais de 1000 horas de gameplay com bons resultados no rank, comumente terminando as temporadas como “platina” no auge do meu tempo em Overwatch. Mas confesso que no último ano o game esfriou um pouco, afinal, 6 anos é muito tempo nessa indústria e para se manter competitivo era necessário que o game se atualizasse, uma série de novos elementos de gameplay começaram a aparecer em concorrentes e o título da Blizzard por mais que tenha se esforçado não conseguiu acompanhar tudo.
Era preciso evoluir sem mudar o “esporte Overwatch” e fazendo isso trazer um pouco mais de refinamento técnico. Não seria possível ir tão longe em um simples update, era necessário ir além, e foi exatamente isso que aconteceu, Overwatch 2 chega para substituir sua versão original e elevar as possibilidades, reconhecendo tudo que havia de bom no game de 2016 mas trazendo todos os elementos que um gamer espera encontrar em um jogo do tipo em 2022.
Tecnicamente
Assim que for lançado no dia 04 de outubro, Overwatch 2 substituirá completamente o game original, trazendo sua base de jogadores para esse novo ambiente. Sabemos que há um upgrade na parte técnica e vamos falar um pouco dele aqui para entender o quanto ele “pesa” a mais no equipamento com o qual você joga.
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Testamos o game em qualidade “Épica” em nosso PC de Testes (config no final do texto). Em linhas gerais sentimos uma “quebra” de 30% no desempenho comparando Overwatch com seu sucessor, Overwatch 2. Essa faixa dos 20% até 30% a mais de “peso” para rodar o jogo é a média que você pode esperar de perda de quadros, nada muito desesperador para o gamer casual mas pode ser um problema para quem joga “para valer” e quer atingir taxas como 144 ou 165 FPS trabalhando com monitores de alta frequência. Nada que algumas tecnologias de upscaling como o FSR da AMD ou o DLSS da nVidia não possam ajudar, e claro, o próprio game tem uma escala interna de renderização que pode ser usada nesses casos.
Sobre o hardware, a memória está sendo um pouco mais exigida também, enquanto o primeiro jogo funciona com apenas 1GB de memória de vídeo alocada, durante o acesso antecipado percebemos que era comum estar usando pouco mais de 2GB de memória nesse subsistema. Pode não parecer um problema para a maioria dos donos de uma placa de vídeo dedicada, mas em notebooks com vídeo integrado ou mesmo GPUs mais simples de 2 ou 4GB já é um indicativo de que essas máquinas podem requerer que você diminua a qualidade geral da imagem para manter a performance mais parelha em relação ao game atual. Da mesma forma, 8GB de espaço em RAM são adequados para o game, especialmente em configuração Dual Channel, valor também um pouco mais alto que o exigido na versão de 2016.
Porque ficou mais pesado?
Além dos personagens, que aparecem em versões com melhores texturas, mais polígonos e detalhes, os cenários também estão mais polidos, você vai ter a sensação de um mundo “mais bem feito” mesmo nos mapas em que você está acostumado. Aliando essas características a novos efeitos de partículas e de iluminação que vem completar o novo “ar” mais polido do game fica evidente que haveria um custo em performance.
Para nós aqui no /Games, tendo a oportunidade de estar em Overwatch 2 e voltar para a primeira versão, ainda funcional, fica bastante evidente que o upgrade no visual faz diferença e é muito bem vindo, você simplesmente não quer mais jogar a versão “velha”.
Monetização, saem as caixas de itens, entra o “Passe de Batalha”.
As caixas de itens ficaram no passado, agora Overwatch 2 vai adotar o sistema de passe de batalha. Nada do que vem nesse passe é obrigatório ou te dá vantagens no combate mas é nele que você vai acessar skins diferentes e diversos outros itens. Pelo que entendemos, o passe não te dá acesso imediato a tudo que ele oferece de imediato, mas coloca você em uma jornada de desafios que a medida em que vão sendo concluídos permitem que você ganhe os itens especiais da temporada. Neste primeiro, temos 60 níveis a serem conquistados pontuando nos desafios para chegar a essa nova armadura para a Pharah ao completar tudo.
O que eu vou ver de novo em Overwatch 2?
Basicamente, você tem o mesmo esporte, com a mesma dinâmica, mas em um jogo que entende que está em 2022. Os personagens ganharam mais duas features, os pingentes de arma e os souvenirs, nos dois casos temos detalhes estéticos que não mudam a partida mas que ajudam a trazer a personalidade do gamer que está em casa jogando ao seus avatar no game.Os jogadores agora, além de personalizar seu ícone, também vão poder usar tags decorativas no nome ou títulos com frases de efeito, tudo isso desbloqueado ao longo de cada temporada.
Nos menus você percebe que algumas coisas mudaram para facilitar a vida de quem está começando no jogo ou acelerar a de quem já está nesse esporte há algum tempo.
Agora os personagens estão em blocos separados para as três categorias, Tanque, Dano e Suporte, trazendo praticidade a escolha do herói.
Existe um destaque especial ao jogo personalizado, que parece estar recebendo algum destaque, ali você pode criar partidas com regras próprias, escolhendo mapas e modos de jogo específicos, e a Blizzard realmente parece querer estimular esse aspecto tendo melhorado o acesso a esse modo no menu principal tornando ele mais direto.
As três novas personagens:
Veja mais detalhes sobre os recursos de cada um nas fotos.
Tanque: Rainha Junker
A ideia aqui é de um Tanque que consegue se mover com velocidade, são 425 pontos de vida e alguns recursos de dano pesado. Sua arma principal é uma pequena escopeta, inútil a partir da média distância mas mortal se usada de perto, aqui a mira é importante, pois o dano lateral é muito baixo e um único tiro na cabeça vai tirar seu oponente do jogo.
Seus recursos especiais são uma arma secundária, faca eletrificada que é arremessada e pode voltar às mãos da Rainha quando o jogador a chama, causando dano aos inimigos pelo caminho tanto na ida quanto na volta, outro detalhe interessante é que a faca puxa levemente o oponente atingido, o que pode acabar ajudando a derrubar alguém fora do cenário. Também há um enorme machado cujo em que ela acumula energia e desfere um grande golpe e como se não fosse suficiente há um recurso de aumento da velocidade por um curto período de tempo que pode ser a diferença para chegar mais rápido a uma disputa por um ponto ou até fugir de volta para seu time quando se esta encurralado. O especial da rainha se chama “Desforra”, onde salta rapidamente a frente girando uma corrente eletrificada com uma massa na ponta causando um dano que continua a afetar os adversários por alguns instantes.
A jogabilidade da Rainha Junker é mais estratégica e como é um tanque, vai exigir algum grau de experiência do player que a escolher, mas aliada a um personagem com um bom escudo pode criar novas dinâmicas em alguns cenários.
Dano(DPS): Sojourn
Se você curte o Soldado 76 salva que ele acaba de ficar obsoleto, essa soldado ciborgue usa uma metralhadora elétrica que praticamente não tem recuo, mantendo a mira fixa com muito mais facilidade. Os danos dos projéteis são continuados por um instante após atingirem o adversário, sem dúvida, uma péssima notícia para as Pharas como eu que já estavam acostumadas a sovar alguns soldados por ai.
Precisa e mortal, suas habilidades especiais incluem uma bolha elétrica que causa dano contínuo no raio de ação por alguns segundos e um “carrinho” no melhor estilo zagueiro de futebol de várzea que além de dar agilidade a personagem causa dano em quem estiver pela frente, ideal para aqueles momentos quem que você se vê cercado por adversários. Seu especial é uma carga especial de energia para sua arma, criando um míssil de energia de alto dano.
A jogabilidade de Sojourn aprimora a do Soldado 76, porém com um detalhe, enquanto o soldado oferece alguma cura Sojourn é puro dano, precisão e velocidade, nossa candidata número um a ser nerfada em breve, mesmo com minha Pharah com mais de 500 horas de gameplay, e acostumado a situações como irritar tanto o time adversário que colocaram Hanzo, Soldado e Widomaker para me parar sem sucesso, uma Sojourm foi suficiente para eu entender que tinha que mudar de personagem no máximo no segundo embate. Essa vai dar trabalho.
Suporte (healer): Kimiko
Kimiko é uma cura rápida para a equipe, mas não se deixe enganar por essa carinha fofa, seu tiro secundário é uma shuriken que se acertar na cabeça tira praticamente toda a energia de personagens mais leves como a Tracer ou a Pharah. Aqui você tem mais uma boa mistura de estilos, minha sensação ao jogar com ela tende um pouco ao Baptiste mas fica evidente que ela é mais capaz de causar danos. Suas habilidades incluem se teleportar para perto de um amigo para ajudar e lançar uma bomba de cura com raio de um time meramente agrupado e que você nota logo que pode salvar a partida quando o adversário está “rushando” para cima da sua equipe.
Seu especial é um espírito de raposa que melhora as condições dos aliados pelo caminho, velocidade, recarga e ataque ficam mais poderosos no rastro da raposa.
Para mim foi a personagem que adicionou os elementos mais diversos, essa vai ser a “arma secreta” do time que souber aproveitar suas habilidades e provavelmente a que vai demorar mais para engajar a equipe já que ela pede novas estratégias e sair da zona de conforto nem sempre é fácil.
Os novos mapas e modo de jogo que vimos:
Overwatch 2 chega com um modo de embate chamado “Avanço” que conta com alguns mapas novos que parecem incríveis. Não cheguei a experimentar essa modalidade durante o acesso antecipado mas através dos menus do modo de criação de um jogo personalizado pude dar uma volta em alguns dos novos mapas, veja o que esperar
O Colosseo
Como o nome sugere, ele é tematizado como um Coliseu Romano, arquitetura estilo italiana com muitas ruas estreitas e espaços pequenos para surpreender adversários.
Esperança
Uma vila Portuguesa com direito a bandeira de Portugal tremulando em cima de uma imponente construção. Esse mapa teve por base o mapa mexicano de Dorado na primeira versão do game, mas aqui ele é nitidamente mais luxuoso, complexo e detalhado.
Nova Queen Street
Nesse mapa canadence temos uma bela e moderna cidade que lembra um pouco Numbani porém com uma atmosfera mais fria, com árvores avermelhadas, um longo caminho a percorrer e lojas abertas que permitem ao jogador atravessar as construções rapidamente sem ter que virar as esquinas.
Circuit Royal
Como bom fã de F1, esse mapa me chamou muita atenção, inspirado em Mônaco, você começa numa garagem de um carro de Fórmula, e enquanto a partida se desenrola uma corrida de carros acontece pelo cenário. O ambiente noturno favorece as luzes e o glamour que o mapa quer passar.
Paraíso
Deixando o melhor para o final, temos Paraíso! Um mapa inspirado no Rio de Janeiro, com direito a trilha sonora com samba e cartazes do Lúcio pelos muros. Aqui você desce até a praia e consegue admirar o Cristo Redentor e por o pé na areia, porque ninguém é de ferro, a não ser o Genji kkk Aqui não vou por uma foto, mas uma pequena galeria!
Sabemos que existe mais mapas mas ainda não pudemos ver esses em tempo real no jogo durante o acesso antecipado.
Bom, esse é o nosso resumo das primeiras impressões sobre essa nova fase de Overwatch, se você joga o primeiro game desde “sempre” não se preocupe, a sensação e jogabilidade foram preservadas, o game apenas ganhou em estilo, gráficos, recursos e novos modos de jogo. Agora é aguardar o lançamento dia 04 de outubro, quando vamos fazer um review com nota e tudo depois de jogar as partidas de ranking! Até lá pessoal!
Para testar usamos:
Processador AMD Ryzen 5800X
Water Cooler DeepCool 360mm
Placa Mãe Biostar X570 Racing GT8
32GB de RAM DDR4 3600MHz Corsair Vengance RGB
SSD NVMe Kingston Fury Renegade PCIe Gen4 de 1TB
Asus GeForce RTX 2070 8GB DUAL OC
Fonte Corsair TX 950w
Monitor Concordia H270f 27 polegadas 165Hz @ 1ms
Você pode jogar Overwatch 2 através da Battle.net clicando AQUI. O game é gratuito e vai estar estar disponível para todos a partir de 04 de outubro!
