Tão espetacular quanto o próprio Homem-Aranha, a versão para PC de Spider-Man 2 chega aos computadores com uma série de vantagens técnicas que farão até mesmo quem já encarou a aventura nos consoles querer voltar à Nova York da Marvel.
A Nixxes Software pegou o que já era um jogo incrível e aprimorou todos os aspectos técnicos em uma adaptação fantástica.
Para quem é um Aranha de primeira viagem, em Spider-Man 2, a Nova York da Marvel está ainda maior com a adição de dois novos bairros, Brooklyn e Queens, além de outras localidades icônicas da cidade.
Aqui, você controla tanto Peter quanto Miles e explora um mundo aberto realmente muito vivo, com novas habilidades, golpes e recursos aprimorados nesses dois Aranhas.
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Lançado há algum tempo para consoles, a grande novidade aqui são os novos recursos oferecidos pela plataforma PC, e nós testamos cada um deles em diversas condições e resoluções diferentes nos hardwares do nosso laboratório.
Os equipamentos de teste são:
- Um notebook Dell G15 com CPU Ryzen 7 6800H, 32 GB DDR5 4800 MHz, NVMe Western Digital Black SN850X de 2 TB e uma GPU GeForce 3060 de 6 GB, que conta com uma tela IPS 100% sRGB de 165 Hz compatível com G-Sync e FreeSync.
- Um desktop com Ryzen 9 7900X3D em uma placa-mãe AsRock X670E PG Lightning, 32 GB DDR5 7600 MHz CL36, NVMe Kingston Fury Renegade de 2 TB e a AsRock RX 7900XTX 24 GB Phantom Gaming, com um monitor SuperFrame de 34” e 165 Hz compatível com FreeSync.
A primeira coisa que queremos deixar claro é que já jogamos o game no PlayStation 5 Pro, com foco no modo qualidade, e gostamos muito do resultado. Porém, realmente, o PC entregou outro nível de qualidade e desempenho, que consideramos a experiência definitiva do jogo.
Diferentemente do console, que trava a taxa de quadros em 30 FPS no modo qualidade (mesmo no PS5 Pro) e 60 FPS no modo performance, o PC pode manter essa característica desbloqueada, superando 100 ou até 200 frames por segundo com o auxílio de diversas tecnologias.
Com suporte completo a técnicas de upscaling e geração de quadros (NVIDIA DLSS 3, AMD FSR 3.1 e Intel XeSS), o jogo permite que você experimente todos os resultados possíveis dessas ferramentas. Tanto o DLSS quanto o FSR oferecem a opção de ativar seus geradores de quadro diretamente na interface de configuração do jogo, garantindo uma melhora imediata na fluidez, dependendo do suporte da sua placa de vídeo.
O upscaling pode ser usado de diversas maneiras em Spider-Man 2, todas acessíveis no menu do game, que conta ainda com o fator de renderização. Esse recurso permite que o jogo seja renderizado acima ou abaixo da resolução de saída para o monitor, em escalas como 108% ou 126% (para melhorar a qualidade da imagem, que depois será redimensionada) ou 76% ou 90% (para melhorar a performance).
O jogo lida muito bem com a troca de tecnologia, possibilitando ao jogador ver os resultados imediatamente e comparar com facilidade qual técnica e resolução se encaixam melhor em seu equipamento.
Em nossos testes, o FSR 3.1 entregou a melhor nitidez na parte inicial do jogo, onde enfrentamos o Homem-Areia, pois deixou os detalhes mais marcados; já o XeSS e o DLSS apresentaram resultados melhores em outros momentos, tornando as texturas mais suaves.
Ainda há a possibilidade de usar a técnica de escalonamento apenas com a função de anti-aliasing, o que pode ajudar quem prefere manter o jogo em sua resolução nativa, mas aproveitar uma suavização de serrilhados feita com algoritmos mais avançados que o padrão.
Cabe ressaltar que, além do gerador de quadros interno do jogo (presente na seleção do FSR 3.1), se você possui uma GPU Radeon das séries 6000 ou 7000, ainda pode ativar o recurso Advanced Fluid Motion Frames 2 (AFMF2) (acionado pela combinação de teclas Alt + Shift + G em qualquer Radeon 6000 ou 7000, durante o jogo) para dobrar instantaneamente o FPS sem mexer na qualidade da imagem, entregando um nível extra de fluidez realmente impressionante.
O AFMF2 pode ser combinado com outras técnicas, permitindo ao jogador usar, por exemplo, o upscaling da Intel XeSS ao mesmo tempo em que se beneficia de um gerador de quadros de altíssima desempenho da AMD.
Com a tecnologia ativa, em resolução ultrawide 21:9 (3440×1440), a RX 7900XTX da AsRock entregou taxas acima de 200 FPS em vários momentos, sem input lag perceptível e com todas as características gráficas no máximo, incluindo o ray tracing.
Ray tracing aprimorado em Spider-Man 2
Falando em ray tracing, o que foi feito nesse port supera facilmente o que se vê no console, mesmo no caso do PS5 Pro, graças a reflexos, sombras e oclusão de ambiente com ray tracing ativo em um novo patamar.
Ao se balançar entre os prédios, mesmo em alta velocidade, é possível perceber o reflexo dos Spiders nas vidraças, somado a um jogo de luz mais vivo, com mais fontes de iluminação perceptíveis e sombras mais convincentes, tornando a experiência muito mais imersiva e divertida.
Para quem usa uma GPU NVIDIA GeForce RTX, o DLSS Ray Reconstruction já está disponível, trazendo desempenho extra para quem quer usar o recurso em placas de vídeo intermediárias. Assim, mesmo que você tenha uma GeForce da série 60, pode desfrutar de um bom desempenho com o ray tracing ativado.
Tudo relacionado a essa técnica, seja em uma GeForce ou em uma Radeon, fica acima do que você encontra na versão de console, oferecendo uma experiência bastante agradável e com todas as possibilidades de aceleração técnica disponíveis no mercado.
Compatibilidade com tela ultrawide
O suporte a telas ultrawide é a cereja do bolo deste port. Balançar-se por Nova York em uma tela mais ampla faz grande diferença na sensação transmitida ao jogador, pois você ganha visão periférica e percebe mais detalhes interessantes, como o reflexo e a sombra do personagem ao passar em alta velocidade pelas paredes e janelas dos prédios.
Além do suporte a ultrawide, o jogo também permite multitelas. Assim, setups com três monitores podem se beneficiar, usando o NVIDIA Surround ou o AMD Eyefinity.
A integração com sua conta PSN agora é opcional, mas os recursos do PlayStation estão presentes e fazem diferença no geral.
Se você curte troféus, a sobreposição PlayStation permite que jogadores de PC com Windows ganhem troféus PlayStation, acessem listas de amigos, configurações e o perfil de jogador. Basta fazer login em sua conta PSN para o jogo tratar seu PC como um console — algo que a Microsoft faz há tempos no Windows e que agora chega aos gamers que utilizam conteúdos da Sony.
Use o atalho Shift+F1 no teclado ou acesse o menu do jogo para abrir a sobreposição e se sentir em um PS5.
Controles e personalização
O jogo oferece suporte completo ao controle DualSense do PlayStation (em conexão USB com fio) ou ao tradicional combo de mouse e teclado, entregando respostas muito rápidas. Testamos ambas as possibilidades e também um terceiro controle de ótima qualidade (Gulikit King Kong 2 PRO), mas, sem dúvida, a melhor experiência de gameplay continua sendo com o DualSense®.
É importante pontuar que o DualSense® só entrega todas as suas funções no PC quando conectado por fio a uma porta USB. No modo sem fio, algumas características são desativadas, o que tira boa parte do charme do controle.
Usar o controle da Sony garante a resposta tátil do DualSense® com vibrações adaptáveis, adicionando uma camada extra de sensações nas mãos e ressaltando as habilidades dos personagens de maneira única. Os gatilhos também receberam suporte, com diferentes níveis de resistência que criam um feedback único ao balançar-se pela cidade. Portanto, se você ainda tinha dúvidas sobre comprar o controle da Sony para jogar no PC, aqui está um ótimo motivo. Jogar Spider-Man 2 com esse dispositivo é uma experiência mais completa e imersiva do que com qualquer outro controle.
Com desempenho espetacular em PCs de médio porte até equipamentos high-end, recursos de integração muito bem-vindos com a PSN e com o DualSense®, suporte diferenciado e ampliado a poderosas técnicas gráficas para uma jogabilidade mais imersiva (desde o ray tracing melhorado até telas ultrawide), a versão para PC de Spider-Man 2 entrega a experiência definitiva de um jogo que já era excelente no console — agora ainda mais impressionante nos computadores.
Por Fagner Martinelli