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Review | The First Berserker: Khazan surpreende com combates brutais e chefes incríveis

The First Berserker: Khazan impressiona com lutas intensas, chefes memoráveis e estilo anime brutal.

The First Berserker: Khazan impressiona com lutas intensas, chefes memoráveis e estilo anime brutal.
  • The First Berserker: Khazan tem combate que mistura Sekiro com um toque próprio bem original
  • Chefes desafiadores exigem domínio das mecânicas para vencer
  • Estilo anime e pancadaria fazem lembrar Berserk em vários momentos
  • Missões repetitivas e protagonista apagado atrapalham a imersão

Se você, como eu, já sonhou em segurar uma espada gigante e esmagar inimigos com estilo, The First Berserker: Khazan pode ser o seu novo vício. Lançado no fim de março pela Nexon, o soulslike com pegada anime é brutal, estiloso e com um sistema de combate que me fez lembrar de Sekiro — mas sem ser só uma cópia.

Combate de Khazan exige inteligência e timing preciso

O que mais me conquistou em Khazan foi o combate. Você tem três armas principais (espadas duplas, lança e espadão), cada uma com sua árvore de habilidades. Os golpes carregados não consomem stamina, o que incentiva combos malucos dignos de jogo de luta — e sim, é tão legal quanto parece.

Além disso, os chefes têm barras de stamina próprias. Acertar uma sequência certa pode deixá-los vulneráveis para um golpe devastador. Isso gera batalhas intensas, onde você precisa prestar atenção em cada abertura.

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O jogo ainda te recompensa com pontos de habilidade só por enfrentar chefes, mesmo que você perca. Confesso que ver aquela notificação “Skill point obtido” após um combo bem defendido foi motivador pra caramba.

Parry ou esquiva? Você decide

Se você não curte parry, tudo bem. O jogo oferece caminhos alternativos: cada arma tem habilidades voltadas para esquivas e ataques pós-esquiva. Dá até pra trocar de arma antes do chefe e repensar toda a sua build sem custo algum. Essa liberdade foi um dos motivos pelos quais insisti nas lutas mais difíceis sem me frustrar.

Mas não se engane: Khazan é difícil. A curva de aprendizado é real e cada chefe introduz uma nova mecânica — seja dano elemental, veneno, ou o uso de contra-ataques para refletir golpes vermelhos (sim, os infames ataques “imparáveis” de Sekiro estão aqui também).

Falta de variedade entre os estágios de Khazan pesa

Se por um lado os combates são excelentes, as missões entre os chefes deixam a desejar. A estrutura é sempre linear, com mapas parecidos (minas, cavernas, ruínas…) e poucos elementos de exploração. Em algumas partes, eu só queria que o jogo me levasse direto ao próximo chefe.

Além disso, o protagonista Khazan é… bem, sem sal. Ele até lembra o Guts de Berserk, mas sem a carga emocional e expressões. A história até tenta criar momentos impactantes, mas o personagem não ajuda muito — e isso tira parte do peso das reviravoltas.

VEREDITO

Mesmo com suas falhas, The First Berserker: Khazan me conquistou pelo sistema de combate e design de chefes. É desafiador, tem ótimos visuais estilo anime e momentos de pura adrenalina. Se você curte soulslike e quer algo direto ao ponto, com pancadaria estilosa e muita experimentação de builds, vale dar uma chance.

NOTA: 8/10

Review feito na versão PC do jogo

Rômulo Justen
Rômulo Justen

Editor de Games

Rômulo Justen é jornalista, editor, coordenador editorial, programador e apaixonado por games desde os 4 anos, quando ganhou seu primeiro Atari 2600. Ex-proprietário da Fox Games, organizou torneios locais e escreveu colunas sobre jogos em diversos jornais de Petrópolis, sua cidade natal.

Rômulo Justen é jornalista, editor, coordenador editorial, programador e apaixonado por games desde os 4 anos, quando ganhou seu primeiro Atari 2600. Ex-proprietário da Fox Games, organizou torneios locais e escreveu colunas sobre jogos em diversos jornais de Petrópolis, sua cidade natal.