Muito tempo atrás, nos idos dos 8-bits, tínhamos jogos em 2D, com gráficos pixelados com fases, níveis e ação. E uma das coisas mais impressionantes de vários destes jogos era o fato dos “chefes” de fases serem gigantes. Essa fascinação pelo “pequeno vence o gigante” vem acompanhando a história da humanidade, com as lendas de Davi e Golias, filmes como Godzilla e games em que inimigos eram do tamanho da tela ou mesmo até maior.
E outra coisa que a humanidade também sempre gostou muito foi de caçar. Afinal, como “espécie”, toda vantagem do ser humano é em sua inteligência, visto que somos mais fracos fisicamente do que um Tigre ou um Rinoceronte.
A Koei Tecmo traz Wild Hearts com justamente essas paixões a tona, com monstros gigantescos (aqui chamados Kemomo) que devem ser enfrentados para se evoluir na história, conseguir melhores armas e equipamentos e então se enfrentar monstros ainda mais poderosos.
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Com esses dois parágrafos você quase deve estar se perguntando “ele está falando de Monster Hunter?”. E não, apesar que é inevitável a comparação. Wild Hearts veio trazendo uma premissa muito parecida com o jogo da Capcom, com monstros gigantes, a necessidade de se criar estratégias e muita ação.
Em suma: você gosta de Monster Hunter? Então você com certeza irá gostar de Wild Hearts.
Wild Hearts e suas particularidades
O game traz em seus fundamentos alguma grandes diferenças quanto ao título da Capcom. Uma delas é que o jogo é mais simples, mesmo com seu sistema de construção karakuri.
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Este sistema permite que o jogador crie objetos para facilitar a vida durante o combate contra os kemonos. Paredes, tranpolins, tendas de viagem, tirolesas… enfim, o jogador pode criar uma gama de “facilidades” no mapa, para conseguir dominar o cenário. Isso traz ao jogo uma certa complexidade, que desafia além das lutas e traz uma enorme satisfação quando um equipamento correto faz a diferença entre uma ação e outra.
Esses mesmos itens podem ser destruídos pelo jogador e pelos monstros, trazendo ainda mais um nível de interação. E olha, quando você começa a misturar os objetos e conseguir coisas novas… aí o jogo brilha. Claro, temos diversos objetos que são apenas decorativos, mas você poder atravessar o mapa a milhão em cima de uma roda de madeira, dá um prazer indescritível.
Uma visão geral do game
Os gráficos de Wild Hearts são lindos. Rodando em nosso PC de testes (configuração completa logo abaixo), o jogo roda a fluidos 60 fps. Os cenários se passam no Japão Feudal, com muitos detalhes. Apesar disso, o jogo se concentra nos poderosos kemonos. Os inimigos são grandes e muito detalhados, porém pouco variados.
Mas isso passa um pouco despercebido devido à variação destes com os elementos. Um kemono lobo pode ser de gelo, de fogo, de terra… então cada um terá seus detalhes gráficos incorporados conforme os seus elementos.
Os kemonos também tem formas variadas: alguns lembram dinossauros, outros lembram macacos, lobos… vários animais foram utilizados como inspiração para a criação dos monstros.
Apesar de ter visto pessoas reclamando da performance do jogo, não tive problemas por aqui. O jogo correu suavemente, mesmo em momentos de mais tensão e com os gigantes kemonos na tela, com 80FPS em média, tudo no máximo, 2.5K de resolução (2540x1440p)
Segue a spec de nosso PC de testes:
AMD Ryzen 9 5900X
Cooler DeepCool Castle 360EX WHITE
Placa Mãe BIOSTAR X570 Racing GT8
32GB (4x8GB) Corsair Vengance RGB PRO 3600MHz
1 x NVMe 1TB Western Digital Black SN750x PCIe4.0 (Sistema)
1 x NVMe 2TB Western Digital Black SN850x PCIe4.0 (Games)
1 x NVMe 1TB Kingston Fury Renegade PCIe4.0 (Games)
2 x 3TB Seagate + 2x 5TB Toshiba
Placa de Video AMD Radeon RX 6600 XT 8GB
Gabinete DT3 Sport HyperSpace
Fonte XPG Core Reactor 850w Full Modular
Reclamações
Uma das reclamações que li também foi que o jogo “exige” grind (o ato de ter que enfrentar diversas lutas e combates para ficar mais forte e conseguir itens) para enfrentar os kemonos. Devo dizer que não achei que o tempo de grind é tão alto a ponto de ser algo prejudicial, visto que ao começarmos a construir karakuris o jogo acelera consideravelmente.
Wild Hearts é o primeiro jogo do que acredito que será uma franquia e já veio acertando em muitos pontos. O jogo é muito positivo, com gráficos no estilo “Monster Hunter” de ser, não é algo inovador ou pesado que deixará de rodar em um PC mais antigo.
Veredito
Para quem gosta do estilo, podem pegar sem medo e jogar muito, o jogo é divertidíssimo e com muito para se fazer (e claro, deve receber DLCs em breve). Lembrando que o jogo tem multi online, e caçar monstrões gigantes com amigos é ainda mais legal do que sozinho.