O Dia da Mentira, 1º de abril, é marcado por brincadeiras entre amigos e entre colegas de trabalho, que aproveitam a data para fazer “pegadinhas” e dar boas risadas. Mas, nos outros dias do ano, mentir na entrevista de emprego e no trabalho pode ser muito prejudicial para a carreira.
Ainda na entrevista de emprego, um dos erros mais comuns dos candidatos é colocar informações inverídicas no currículo para conquistar a vaga: inventar funções do último emprego, dizer que tem fluência no Inglês ou em outra língua estrangeira, aumentar o prazo de permanência em uma empresa e mentir sobre o estado civil são alguns exemplos.
De acordo com a especialista em pessoas, Gisélia Curry, mesmo que pareçam inofensivas, as mentiras podem não só colocar em risco uma vaga de emprego, como também manchar a imagem do profissional. “Muitas pessoas acham que, ao colocar mentiras no currículo, aumentarão as chances de conquistar a vaga pretendida. Porém, o que acontece é justamente o contrário. Os recrutadores têm muitos artifícios para checar as informações, como as redes sociais ou até contatos das outras empresas. A indicação é sempre optar pela verdade no currículo e na entrevista de emprego”, orienta.
As mentiras no trabalho também podem prejudicar o profissional e até provocar uma demissão: com a crise, manter a empregabilidade não é mais uma tarefa fácil. E, dentro desse contexto, o profissional precisa estar de acordo com as políticas e valores da empresa, buscado não apenas melhoria contínua na condução do seu trabalho, mas principalmente ficar atendo ao seu comportamento dentro do ambiente organizacional.
De acordo com Gisélia Curry, mentir para o chefe e inventar desculpas para faltar o trabalho são dois erros graves e muito comuns nas empresas. “Falar mal do chefe, fofocas de corredores, brigas e atitudes antissociais junto a equipe de trabalho nunca foram sustentadas no âmbito corporativo, principalmente agora com esse cenário econômico não favorável. Nesse momento, a empresa precisa do colaborar proativo, focado em suas atividades e buscando de forma criativa a execução do seu trabalho. Faltas e mentiras são ações graves que podem, de acordo com as políticas da empresa, gerar demissão por justa causa. Ser dispensado do trabalho por essas questões, prejudica significativamente o currículo profissional de uma pessoal. Boas referências profissionais são fundamentais para empresas, principalmente para a equipe de RH, engana-se quem pensa que esse assunto morre com sua carta de demissão”, afirma.
A especialista ainda lembra que a maioria das demissões são motivadas por problemas de comportamento do funcionário e a mentira está inserida neste contexto. “Lembre-se sempre que estamos em um Estado pequeno, onde todos se conhecem, principalmente os empresários. Se você mentia frequentemente e tinha uma conduta ruim na antiga empresa, sua empregabilidade pode estar em risco. Mais de 80% das demissões são por problemas comportamentais e não técnicos. Nenhuma empresa quer ter seu nome vinculado a profissionais com reputação ruim ou que passe uma imagem negativa”, finaliza.