A Polícia Militar e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) firmaram um convênio na tarde desta quinta (05), por meio do qual 120 policiais militares da reserva farão policiamento ostensivo nos quatro campi da universidade – Goiabeiras, Maruípe, Alegre e São Mateus. O convênio foi assinado no gabinete do Comando-Geral da PM pelo comandante geral, coronel Alexandre Ramalho, o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducate, e ainda pelo secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Nylton Rodrigues, e pelo governador Paulo Hartung. O custo para a Ufes é de R$ 4,5 milhões.
Treinamento e efetivo
Os policiais da reserva vão passar por um período de treinamento, e num prazo de 30 dias já poderão estar na ativa. O treinamento inclui noções de direitos humanos e cidadania. A distribuição do efetivo se dará com 66 policiais em Goiabeiras, 20 em Maruípe, e outros 34 divididos entre Alegre e São Mateus.
Economia
Apesar do aumento no número de ocorrências dentro dos campi, principalmente no de Goiabeiras, Reinaldo Centoducate salientou que o reforço na segurança não é uma decisão emergencial, nem foi motivada unicamente pela insegurança registrada nos últimos meses. Segundo ele, o assunto vem sendo discutido há pelo menos dois anos, por haver, segundo ele, dificuldades financeiras que impedem aumentar o números de seguranças particulares. “Nós não temos condições de aumentar a segurança, que é terceirizada, não há orçamento para isso”, justificou. O reitor também disse que a economia com o convênio é da ordem de R$ 2 milhões.
Polêmica
A presença da PM dentro da área da Ufes é motivo de polêmica junto à comunidade acadêmica e também às entidades civis de defesa dos direitos humanos. Apesar de já assinado, o convênio necessita ser referendado pelo Conselho Universitário, em função do valor.