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265 mil estudantes abandonaram curso superior privado, diz sindicato

A pesquisa também apontou para um aumento na taxa de inadimplência. Até o final deste ano, 11,3% dos estudantes devem parar de pagar pelo menos uma taxa de matrícula

Foto: Divulgação

Uma pesquisa da Semesp (União de Manutenção de Instituições de Ensino Superior do Estado de São Paulo) apontou que, em abril e maio, 265.000 estudantes fecharam as matrículas em escolas particulares ou abandonaram o ensino superior. A pesquisa também apontou para um aumento na taxa de inadimplência. Até o final deste ano, 11,3% dos estudantes devem parar de pagar pelo menos uma taxa de matrícula.

A pesquisa comparou os dados deste ano com o mesmo período do ano passado. A pesquisa utilizou 146 instituições como amostras e forneceu as imagens mais recentes das taxas de inadimplência e evasão fiscal, incluindo o tamanho (pequeno / médio, grande) e métodos (presenciais, ensino a distância) das instituições de ensino superior privadas brasileiras. . Segundo a pesquisa, a taxa de evasão em maio foi de 14,3%, principalmente nos cursos presenciais. Comparado com o mesmo mês do ano passado, um aumento de 32%.

Outro ponto que acionou o sinal de alerta das instituições de ensino superior foi a quebra de contrato. Uma das razões mencionadas é o aumento do desemprego e a diminuição da renda. Um estudo divulgado pela Associação Brasileira de Defensores do Ensino Superior (ABMES) em junho mostrou que a taxa de inadimplência aumentou entre abril e maio em 75%.

Segundo a pesquisa, em abril, 8% dos estudantes disseram que não pagaram o boleto do mês e não sabiam quando pagar. Agora eles representam 14% do número total de estudantes particulares do ensino superior. Em maio, a proporção de pagamento de taxas mensais sem dificuldade caiu de 47% para 49%, enquanto a proporção paga após o vencimento caiu de 29% em abril para 21%.

O porcentual de alunos que vai continuar estudando independentemente do cenário caiu para 52%, ante 55% em maio e 57% em abril. Já o número de estudantes que vão seguir estudando, mas com risco de interromperem o curso, passou de 36% para 42% na terceira fase da pesquisa.

*Com informações do Portal R7