O Brasil registrou a triste marca do meio milhão de mortes decorrentes da covid-19 neste sábado, dia 19. A marca foi alcançada 1 ano e 3 meses depois da primeira morte, registrada em março do ano passado. Apenas neste ano, o país registrou o maior número de mortes por covid-19 entre todas as nações do mundo.
O país registrou 1.401 novos óbitos por covid desde as 20h de sexta-feira, 18, até as 14h de hoje, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Ao todo, são 500.022 mortes por coronavírus no país desde o início da crise sanitária. Das 20h de ontem até as 14h deste sábado, o Brasil também notificou 20.483 novos casos da doença, o que eleva o total acumulado para 17.822.659.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, manifestou, no Twitter, sua solidariedade às mais de 500 mil pessoas que morreram pela covid-19 no Brasil. O Brasil alcançou a triste marca de 500.022 mortes neste sábado, 19, em um cenário de vacinação lenta, baixa adesão às medidas de isolamento social e sem políticas nacionais de testagem em massa.
Marcelo Queiroga é o quarto ministro da Saúde do País desde o começo da pandemia. Já passaram pela cadeira, Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e o general Eduardo Pazuello.
Até as 14h45, o presidente Jair Bolsonaro ainda não havia se pronunciado sobre as 500 mil mortes. Bolsonaro passou a manhã no Rio e voltou a Brasília no início da tarde.
Jair Bolsonaro é crítico às medidas de isolamento propostas por especialistas e promoveu, durante a pandemia, aglomerações. O presidente incentivou, no mesmo período, o uso de remédios sem eficácia comprovada contra a covid, como hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e ivermectina, o chamado “kit covid”.
O enfrentamento à pandemia é alvo de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado. Os parlamentares apuram ações e omissões no tratamento da covid-10 pelos governos federal e estadual e por prefeituras.
Já são investigados pela CPI, Queiroga e Pazuello, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, o ex-assessor internacional da Presidência da República Arthur Weintraub, o empresário Carlos Wizard, o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fantinato, o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, a secretário de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, a médica oncologista Nise Yamaguchi, o virologista Paolo Zanotto, o anestesista Luciano Azevedo e o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campelo.