Depois dos recentes casos de abuso de autoridade e bate-boca em lugares públicos ganharem repercussão no Espírito Santo, outro vídeo de discussão virou febre na internet. Dessa vez, duas mulheres protagonizam uma verdadeira confusão em uma creperia de um shopping do Rio de Janeiro.
Uma das envolvidas chegou a tentar provocar uma briga, com expressões do tipo “vai encarar?”. Ela também chamou a outra de pobre diversas vezes, questionando inclusive se ela teria condições de contratar a gerente do estabelecimento. “Quem é você, minha filha? Abaixa a bola, pobre. Abaixa a bola, pobre. Vai chamar? Vai ousar? Você pode dar emprego para ela? Eu posso. Você pode?”.
No Espírito Santo, um vídeo recente também gerou muita repercussão na internet. Nele, a então gerente do Procon, Janaína Cavadas, aparece discutindo e até agredindo fisicamente o funcionário de uma lanchonete localizada no bairro Jardim da Penha, em Vitória. Depois do ocorrido, ela pediu desligamento do cargo.
As imagens registradas no Rio de Janeiro foram divulgadas por uma pessoa que estava no local. O vídeo já tem milhares de compartilhamentos nas redes sociais e virou notícia na imprensa nacional.
Especialista explica penalidades para casos de abuso de poder
Alguns casos registrados no Espírito Santo podem até se configurar como abuso de poder. Em entrevista, o doutor em Direito do Estado e professor da FDV, Anderson Santana Pedra, explicou que “o abuso de poder é qualquer ato praticado por uma pessoa pública no exercício de suas funções ou não”. Nesse caso, a famosa expressão “você sabe com quem está falando?” pode ser caracterizada como abuso de poder, mas isso depende de cada situação e contexto.
Segundo o especialista, essas atitudes, dependendo das normas e legislações de cada instituição, podem acarretar em processo administrativo e chegar a exoneração do servidor.
Contudo, em alguns casos, o ato pode ser configurado como injúria, calúnia ou ameaça. Nessa situação, para que se abra o processo, a pessoa ofendida precisa realizar queixa de crime, com abertura de Boletim de Ocorrência em delegacia de polícia.