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Acidente perto de obra do Metrô preocupa moradores

Rio de Janeiro – Apesar das garantias da Defesa Civil do município do Rio de Janeiro de que não há risco estrutural nos prédios da rua Barão da Torre, em Ipanema, zona Sul, os moradores ainda estão assustados com o afundamento de solo ocorrido na madrugada deste domingo, 11, ao lado das obras da linha 4 do metrô. O incidente deixou duas crateras na via, já reparadas, e rachaduras em pelo menos quatro edifícios residenciais. As causas ainda estão sendo investigadas.

“O pessoal que mora nos apartamentos de frente ouviu o barulho. Na hora, sentimos um cheiro forte de gás. Muita gente desceu, com medo que (o prédio) desabasse”, contou o promotor de vendas Fernando Azevedo, morador do edifício de número 137, um dos mais atingidos. “Meu medo é que, mesmo ficando tudo bem agora, ocorra algo no futuro”, acrescentou.

Para o engenheiro eletrônico Ivar Miguel dos Santos, morador do prédio 133, que também sofreu rachaduras, faltam informações. “Está todo mundo inseguro. Quero saber se tem risco dormir aqui com meus filhos”, disse, bastante alterado.

Em nota, o consórcio Linha 4 Sul, responsável pelas obras entre Ipanema e a Gávea da linha do metrô, afirmou que está analisando as causas do assentamento de solo, mas não detalhou as hipóteses. Apenas informou que não há risco para a estabilidade das edificações do entorno, e qualquer dano causado pelas obras da linha 4 será reparado pelo próprio consórcio construtor.

Pela manhã, o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio, juntamente com técnicos do consórcio, havia realizado uma vistoria preliminar, sem detectar risco para a estrutura dos prédios. Mais tarde, a Defesa Civil do município corroborou a mesma constatação.

À tarde, as crateras já haviam sido preenchidas com concreto, mas os sinais do afundamento estavam em rachaduras, desníveis no solo e até mesmo em um canteiro de plantas do edifício 137, totalmente desfigurado. Os prédios ainda tinham o abastecimento de gás interrompido. A medida foi tomada por precaução, já que, quando a calçada cedeu, tubulações de água e gás foram comprometidas, informou o consórcio.